A crise hídrica chegou mais uma vez ao bolso do brasileiro, trazendo uma previsão salgada para esse ano: um reajuste de até 19% na conta de luz deste ano, segundo projeção realizada pela TR Soluções. Com esse cenário, a busca por sistemas de energia solar para as residências é cada vez maior.
Para se ter uma ideia, a capacidade de geração de painéis instalados em telhados e pequenos terrenos teve alta de 53% em novembro do ano passado na comparação com janeiro do mesmo ano. E o que mais atrai os consumidores é o potencial de economia de energia elétrica. Em uma residência, por exemplo, a redução de custo pode variar em média de 50% a 70% com a instalação de placas solares.
Outro benefício está relacionado à sustentabilidade, pois a radiação solar é um fenômeno natural não poluente e inesgotável. Para ser realmente vantajoso, entretanto, são necessários cuidados:
O sonho que pode virar pesadelo
Como o sistema depende do Sol, o Brasil é um país propício para o uso dessa tecnologia. Mas, é preciso estar atento à instalação das placas, que devem ser posicionadas no ângulo correto para aproveitarem ao máximo a luz natural. Se houver erros nesse processo, além do baixo aproveitamento do equipamento, pode causar o desabamento de telhados, que podem não aguentar o peso das placas fotovoltaicas. Por isso, é recomendável a contratação de um engenheiro civil para realizar a instalação correta do equipamento.
“O profissional deve considerar fatores como, por exemplo, o peso das placas que serão colocadas no telhado e se o tamanho do espaço é realmente adequado. Além disso, é preciso que ele analise o perfil dos moradores, ou seja, quantos eletrodomésticos possuem e a frequência que eles são utilizados, para, assim, calcular a quantidade de placas fotovoltaicas necessárias e, também, uma estimativa de retorno do investimento”, afirma Sérgio Levin, engenheiro eletricista do Ibape/SP.
Depois do projeto feito, é necessária a homologação de uma concessionária. Ainda de acordo com o engenheiro do Ibape/SP, esse processo é importante porque, apesar de muitas pessoas não saberem, se as placas fotovoltaicas estiverem mal instaladas, resultam em riscos para a segurança das pessoas e dos imóveis.
Como funciona a manutenção
As placas de captação de energia solar duram, em média, 25 anos. Se a instalação for em um imóvel que tem um consumo médio mensal de 180 kWh, será necessária a instalação de cerca de cinco placas, o que já garante uma média de 55% a 60% de economia por mês. Além disso, o especialista indica que o retorno do dinheiro investido deve ser considerado para a decisão de aquisição. Adicionalmente é preciso que a manutenção dos equipamentos seja feita corretamente, o que garante que as placas continuem gerando bons resultados.
“As placas fotovoltaicas precisam ser limpas, em média, duas vezes por ano, retirando principalmente pó, galhos e folhas que podem se prender a elas. É importante que moradores fiquem de olho em caso de obras perto de casa devido à sujeira, assim como em chuvas fortes de granizo e outros impactos externos que podem danificar a tecnologia. A limpeza pode ser feita pelos próprios moradores ou por alguma empresa especializada, porém, no caso de impacto externo, é essencial chamar um profissional habilitado para avaliar a situação das placas”, destaca Sérgio.
Para finalizar, o engenheiro destaca que a parte elétrica é fundamental na manutenção. “É necessário acompanhar o desempenho do sistema e chamar a empresa responsável pela instalação para fazer uma verificação duas vezes por ano, no mínimo”, conclui.
A Caixa deve lançar no mês que vem um programa destinado a implantação de energia solar nas residências brasileiras. O Caixa Energia Renovável vai financiar a aquisição de placas solares com juros de 1,17% ao mês. O financiamento poderá ser contratado via celular, pelo aplicativo Caixa Tem. A carência será de seis meses e prazo de pagamento é de cinco anos.
Financiamento de energia solar para condomínios
A CashMe oferece uma linha de crédito para condomínios que desejam investir em energia limpa, financiando 100% do valor do projeto, para implantação imediata, com taxa de juros de 0,99% ao mês. A carência para o primeiro pagamento é de até seis meses e prazo de pagamento é de até 10 anos. Os interessados podem pedir uma proposta clicando aqui.