A segurança eletrônica é essencial para residências, empresas e condomínios, mas vai além da simples instalação de centrais de monitoramento, câmeras, alarmes e controles de acesso. É preciso adotar uma abordagem integrada, que combine tecnologia, estratégias eficientes e manutenção preventiva desses sistemas. Para auxiliar os usuários a evitarem falhas inesperadas e gastos desnecessários, conversamos com Felipe Szpigel, vice-presidente de Segurança Eletrônica da PositivoSEG, que compartilhou recomendações que vão minimizar riscos, evitar problemas técnicos e proteger seus investimentos em segurança eletrônica.
“A manutenção preventiva em sistemas de segurança eletrônica vai além da conservação dos equipamentos; ela é uma medida estratégica para garantir a continuidade operacional e a proteção eficaz de pessoas e patrimônios. Identificar e corrigir falhas antes que se tornem problemas críticos minimiza vulnerabilidades, otimiza o desempenho dos dispositivos e reduz custos com substituições emergenciais”, explica Szpigel. “Mais do que isso, ela assegura que alarmes, câmeras e controles de acesso operem com máxima eficiência justamente nos momentos em que são mais necessários”.
Outro ponto que reforça a importância dessa manutenção é a necessidade de atualização constante dos equipamentos, especialmente diante das novas regulamentações do setor de segurança eletrônica. “A legislação brasileira acompanha de perto esse segmento, e as empresas devem garantir que seus sistemas estejam sempre atualizados e em conformidade com as normas vigentes. Com diretrizes mais rigorosas para a segurança eletrônica, a manutenção assegura o funcionamento adequado dos dispositivos e ainda ajuda a padronizar os contratos de prestação de serviços, o que gera mais previsibilidade e segurança jurídica aos consumidores”.
Economia e segurança
Usuários de sistemas de segurança eletrônica que negligenciam a manutenção de seus equipamentos estão mais propensos a enfrentar custos imprevistos com reparos emergenciais ou substituições de soluções. Entre os problemas mais comuns estão falhas na conexão em câmeras IP, degradação de baterias em alarmes, controladoras de acesso desconfiguradas e sensores de movimento com baixo desempenho.
Esses problemas podem comprometer a qualidade da vigilância e criar vulnerabilidades no monitoramento, e, consequentemente, aumentar o tempo de resposta a incidentes – o que reduz a eficácia da segurança. No caso do controle de acesso, falhas podem afetar diretamente operações críticas, como registro de ponto eletrônico, liberação de veículos e a gestão do fluxo de pessoas. Por isso, para empresas e condomínios, a manutenção preventiva reduz gastos com substituições e reparos de emergência, e melhoria da eficiência operacional, que contribui para a valorização do patrimônio.
“Além de prolongar a vida útil dos equipamentos, a manutenção preventiva assegura que os sistemas de segurança eletrônica operem com máxima eficiência, prevenindo falhas que poderiam resultar em custos elevados e prejuízos operacionais. Muitos desses problemas são facilmente identificáveis e solucionáveis em inspeções regulares, o que evita perdas financeiras associadas a furtos, invasões ou despesas emergenciais desnecessárias”, afirma o Felipe.
Vida útil prolongada e controle do orçamento
Consertos emergenciais ou substituições não planejadas podem gerar custos elevados e comprometer a operação dos sistemas de segurança. A manutenção preventiva evita que determinadas falhas inesperadas aconteçam e ainda reduz o desgaste prematuro dos equipamentos. Além disso, garante que os sistemas operem de forma contínua e confiável, sem paralisações que possam comprometer a segurança do local e ainda gerar prejuízos financeiros.
A manutenção preventiva é um investimento estratégico que melhora o desempenho dos dispositivos e ajuda a otimizar os custos ao longo do tempo. “A falta de manutenção regular pode transformar um simples ajuste técnico em um grande prejuízo financeiro. Empresas e condomínios que adotam planos preventivos evitam gastos emergenciais com substituições inesperadas, reduzem riscos operacionais e garantem um ambiente mais seguro e financeiramente sustentável”, pontua o executivo.
Entre as principais práticas para evitar falhas inesperadas, o executivo destaca a importância de inspeções técnicas regulares para identificar eventuais problemas. A verificação periódica dos equipamentos, fiações e conexões, assim como a limpeza de lentes das câmeras, testes dos sensores de alarmes e atualizações de softwares, são medidas simples e essenciais para manter a máxima eficiência do sistema como um todo.
Novas regulamentações exigem mais rigor
A Lei nº 14.967/2024, sancionada em setembro, impõe a necessidade de serviços de mais qualidade, com equipamentos atualizados e em correta operação “As novas normas estabelecem critérios mais rigorosos para garantir que os sistemas funcionem com eficiência e estejam em conformidade com a legislação. Isso exige que as empresas compreendam e se adaptem a essas regulamentações, que incluem desde a autorização para empresas operarem até a padronização de contratos e os requisitos de qualificação dos profissionais. Para os consumidores, a lei proporciona maior confiabilidade nos serviços contratados e assegura que os fornecedores sigam os protocolos técnicos mais adequados”, reforça o Szpigel.
O vice-presidente da PositivoSEG ressalta ainda que a conformidade com as novas normas deixou de ser um diferencial e passou a ser uma obrigação para empresas e clientes, garantindo mais segurança jurídica e padronização nos serviços prestados. “Empresas de segurança devem oferecer contratos que incluam planos de manutenção preventiva, suporte técnico e garantia de funcionamento adequado dos equipamentos. Já os clientes precisam permitir inspeções periódicas e seguir as recomendações técnicas para manter a integridade dos sistemas”.