Um levantamento divulgado no início deste ano pelo Instituto Sprinkler Brasil mostra que houve, entre janeiro e dezembro do ano passado, o registro de 2041 incêndios estruturais noticiados pela imprensa em todo o país. Segundo o documento, o maior número de incidentes aconteceu em estabelecimentos como lojas, shopping centers e supermercados, com 379 registros. Em seguida, aparecem locais de reunião de público, com 333 ocorrências, e depósito, com 306 . Entre os estados, Santa Catarina é o que mais teve notificações (396), seguido por São Paulo (248), e Rio Grande do Sul (220).
Segundo o Corpo de Bombeiros de São Paulo, o número de situações desse tipo cresceu 60% desde o início da pandemia de Covid-19. Para a Associação Brasileira de Conscientização dos Perigos da Eletricidade (Abracopel), com o maior uso de equipamentos eletrônicos durante a fase de isolamento social, o sistema elétrico ficou sobrecarregado. Dados da entidade apontam que metade dos casos noticiados acontece por esse motivo.
De acordo com Alexandre Prado, diretor de negócios da Lubrizol, esses números são alarmantes. “As estimativas nos indicam que os casos noticiados pela imprensa correspondem a apenas 3% do total, o que mostra que ainda precisamos avançar muito em segurança contra incêndio”, diz. Segundo ele, classifica-se como incêndios estruturais ocorrências registradas em depósitos, hospitais, hotéis, escolas, prédios públicos, museus, entre outros locais comerciais, industriais e de grande circulação e concentração de público, que poderiam ter sido contornados com a instalação de sistemas de sprinklers.