A demanda por eletricidade dentro das unidades residenciais aumentou muito nos últimos anos. De acordo com dados do Instituto Pereira Passos (IPP), de 1980 a 2019 (último ano da pesquisa), o consumo de energia por habitante na cidade do Rio de Janeiro subiu mais de 30%. Entre as explicações para o aumento, estão a maior quantidade de aparelhos plugados à rede elétrica e a pandemia de Covid-19, que fez com que muita gente passasse a trabalhar em casa. Para o gerente de Novos Negócios da Cipa, Bruno Queiroz, além de uma conta de luz mais cara para todos, existe outro problema: uma sobrecarga elétrica nas residências, exigindo uma atenção ainda maior na manutenção dos quadros de energia.
“Esse aumento de consumo vem também pela evolução tecnológica, inclusive dos sistemas utilizados pelos condomínios. Câmeras de segurança, portões elétricos, iluminação nas áreas de lazer, carregadores veiculares, painéis solares, diversas bombas, elevadores etc. Dentro dos apartamentos, é incontável o número de eletrodomésticos e eletrônicos. Então, mais do nunca, a manutenção dos quadros de energia precisa estar em dia”, alerta Queiroz.
O representante da Cipa aponta para a necessidade da contratação de empresas que possam contribuir para a eficiência energética das unidades. “É muito importante que o síndico busque empresas com boas referências no mercado para não cair em ciladas. Com o PC de luz atualizado, os apartamentos estão mais protegidos, porém não estão livres de risco. Há ainda instalações antigas com cabos de pano. Mesmo sendo essencial, a rede elétrica muitas vezes ainda é deixada de lado pelos administradores dos condomínios. Como ficam longe dos olhos, geralmente não fazem parte da prioridade na hora das reformas. E isso é um grande risco”, salienta Queiroz.