As festas de final de ano são tradicionalmente marcadas por viagens e comemorações que celebram o início de um novo ciclo. Neste ano, a expectativa é de que a celebração seja ainda mais intensa, pois marca o avanço das pessoas contra a pandemia de COVID-19, que privou o convívio de muitos de nós, por muito tempo. Além dos impactos mais graves do coronavírus e do isolamento social prolongado, os pets também sofreram com a mudança de hábitos decorrente de mais tempo junto com seus tutores.
E por isso, as festas de final de ano podem ter ainda mais impacto em nossos bichinhos de estimação. Para além das queimas de fogos, momentos de verdadeiro desespero para cães e gatos, muitos deles não estão mais acostumados a ficar sozinhos quando seus donos viajam. Para minimizar o impacto negativo neles, Jade Petronilho, médica-veterinária e coordenadora de conteúdo da Petlove&Co, e Thais Matos, médica-veterinária e especialista da área de confiança e segurança da DogHero, maior empresa de serviços para pets da América Latina, dão dicas para os pais e mães de pets colocarem em prática desde já.
Comemorações sem estresse
Para ilustrar os efeitos que os estampidos causam nos pets, a Petlove&Co lançou a campanha #FimdeAnoSemEstresse, com um vídeo sobre o tema. Nele, as pessoas podem ver a reação dos cachorros com fogos de artifício, em especial durante as festas de fim de ano – quando ficam, muitas vezes, sozinhos em casa. “A soltura de fogos, principalmente os com sons, causa bastante medo em muitos animais e isso gera fugas, brigas, acidentes e até casos de óbito e é nosso dever, como uma empresa que preza pelo bem-estar, orientar a todos quanto essa questão”, afirma Jade Petronilho, Coordenadora de Conteúdo da Petlove&Co e idealizadora do projeto.
Além disso, a campanha também disponibiliza um tabuleiro interativo de conteúdos exclusivos para que os tutores possam entender melhor como cuidar de seus bichinhos durante a soltura dos fogos, que pode ser baixado aqui.
Sozinho, não!
O ideal é que os pets não fiquem sozinhos. Se não for possível que o tutor leve junto seu animal de estimação nas viagens e comemorações com a família, é essencial que ele fique sob cuidados atentos e permanentes durante os dias que irá se ausentar.
“Tanto cães como gatos correm o risco de ter o bem-estar e saúde abalados na ausência do tutor. Pets que são muito apegados a alguém da família têm dificuldade em lidar com os momentos de solidão. A dependência emocional em relação ao tutor não pode ser vista como um sinal de amor, pois é, na verdade, um transtorno que pode gerar a síndrome de ansiedade de separação”, explica a médica veterinária da DogHero, Thaís Matos.
Para aqueles que não tenham uma rede de suporte, cuidadores profissionais ou espaços de hospedagem para animais são uma opção. E eles podem ser contratados em plataformas como a DogHero, que reúne serviços como hospedagem domiciliar, para passar uma noite ou mais, creche, para passar o dia, e pet sitter, que fazem companhia para o pet em sua casa por uma hora. Tudo isso para garantir o bem-estar dos animais de estimação.
Ofereça abrigos
Permita ao seu pet que possa se esconder na hora da euforia dos humanos. Crie abrigos artificiais em sua casa, fazendo tocas de panos: entre objetos relativamente altos, prenda tecidos como lençóis, cobertores, edredons ou afins, e, no chão, coloque sua caminha. Se ele já possui uma cama do estilo toca, coloque-a num local em que a agitação será menor. Muitos gostam de entrar debaixo da cama de seus pais humanos e por ali ficarem por horas, se isso não oferecer risco a ele, permita que fique por lá e só saia quando se sentir bem. Jamais o force a sair de lá: isso o deixará mais estressado e poderá colocar a relação de confiança entre vocês em risco.
Feromônios sintéticos
Atualmente, existem opções que prometem minimizar o desconforto de cachorros e gatos que ficam estressados com os fogos e rojões. Dentre eles estão o Serenex, o Adaptil e o Feliway. Para que tenham o resultado esperado, é aconselhado que o tutor do pet os utilize dias antes do início das comemorações, não sendo tão eficazes quando usados em cima da hora. Trabalhando como espécies de feromônios sintéticos específicos, que dão a sensação de prazer e calmaria, os produtos podem ser utilizados em outras situações de ansiedade e agitação como no banho e tosa, pós-cirúrgico, na chegada de um bebê na família, na adoção de um novo animal etc.
Antes de utilizar qualquer produto no seu pet, consulte um médico-veterinário para não causar problemas de saúde a ele. Mesmo com o desafio atual da volta à rotina e férias de fim ano, em algumas localidades já está disponível o serviço de veterinário em domicílio, idealizado para facilitar a vida de pais e mães de pets com consultas e vacinação em casa.
Enriquecimento de ambiente
“Ofereça ao seu pet recursos que podem ajudá-lo a ‘esquecer’ o que está acontecendo lá fora. Estimular que se distraia com brinquedos interativos e mordedores, por exemplo, pode ser uma ótima alternativa. Também é importante que os pais de filhotes – sejam eles cães e gatos – já trabalham essa questão desde agora para que o pet não se torne um adulto medroso”, alerta Jade. Ter um ambiente acolhedor e que oferece ao pet tudo o que ele precisa, levando em conta as necessidades da espécie, é fundamental para que ele seja mais seguro de si e menos receoso.
Presenteie seu bichinho com um ambiente acolhedor, composto por caminhas, tocas, túneis, casinhas e brinquedos interativos que ajudam na distração de possíveis fatores estressantes.