Com o passar do tempo as tecnologias que chegam para facilitar nossas atividades e nos garantir mais tempo para cuidar de nós mesmos e das pessoas ao nosso redor estão cada vez mais inseridas em nossas vidas.
Eu tenho certeza que você se lembra de alguns anos atrás quando, para assistir aquele filme mega power, era preciso estar no sábado à noite em casa, no horário exato do Supercine. E pior: a transmissão ainda levava cerca de 4 horas, porque metade desse tempo era reservado só para os comerciais.
Você percebe como antigamente você tinha que deixar de fazer algo especial para ficar na frente de uma TV, no horário que a emissora escolheu e ainda era obrigado a assistir comerciais que muitas vezes não tinham ligação alguma com seus interesses. Nós não tínhamos autonomia ou liberdade. A emissora é quem estava no controle.
Hoje muita gente me pergunta: – “Odirley, você acredita que o cargo de síndico não vai mais existir nos próximos anos?”
De forma direta, minha resposta é que sim, a profissão vai continuar existindo. Mas existem alguns detalhes que não podem ser ignorados. Milhares de síndicos terão que se reinventar, porque ainda estão no mundo analógico.
Da mesma forma que éramos comandados pelas emissoras há algumas décadas atrás, esses gestores são governados pelas tarefas urgentes, que limitam o desenvolvimento do condomínio.
O síndico de hoje não pode mais depender de métodos arcaicos, como do papel para prestar contas com transparência para os moradores ou de um livro mensal onde eles tradicionalmente reservariam um horário para ter acesso ao livro com essas informações.
Não dá para ele ficar refém de um livro da portaria com anotações manuais para tomar decisões importantes no que diz respeito ao controle de acesso do condomínio.
Ele também não pode acumular registros de pagamentos para levar uma vez por mês para a administradora, muito menos depender dela para avisá-lo que a conta bancária está negativa. É preciso ser proativo, inclusive com a equipe condominial, como por exemplo acompanhar de perto as tarefas ao zelador para não agir apenas quando o problema já aconteceu e causou impactos negativos. É impossível crescer e melhorar a vida dos condôminos se esse síndico só faz as manutenções emergenciais no condomínio.
Então, se a pergunta sobre a extinção do cargo for para esse tipo de síndico, minha resposta é: sim, os dias estão contados para esse tipo de profissional.
Agora, para aqueles que conseguem fazer com que a tecnologia seja sua aliada, eu tenho uma ótima notícia: esses caras sempre terão tudo que precisam para cuidar dos funcionários e moradores nas palmas das mãos porque a inovação mune o síndico com informações e tempo para dar atenção para aquilo que é realmente importante: as pessoas.
Este tipo de síndico tem um imenso oceano azul a explorar. Bora fazer da tecnologia a aliada para o seu sucesso?