A moradia sempre foi tratada como item primordial para o acolhimento da família. Percebemos que cada povo ou etnia tem um jeito especial para definição: cavernas, barracos, cafofos, cantinhos, ocas, casas e por aí vai. Isso é fato comprovado pelo cientista inglês Abraham H. Maslow, que, mediante intensos estudos e pesquisas, desenvolveu a “Teoria das Hierarquias das Necessidades Humanas”, inserindo o “abrigo” no tópico “segurança” da pirâmide, ficando mundialmente conhecida como “Teoria de Maslow”.
Este argumento é descrito de variadas formas, por meio do bordão “Quem casa quer casa” ou por meio de músicas como “Ter uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela, para ver o Sol nascer”*. Mas em todas as citações sempre teve um personagem morador que se destacou exercendo uma liderança, resolvendo situações, conflitos e propondo soluções em benefícios coletivos.
Nos dias atuais essas qualidades continuam relevantes, mas só isso não é o bastante para a nobre tarefa de administrar. Hoje, nas pequenas e grandes metrópoles, que condicionam moradias em condomínios, verticais ou horizontais, sentem a evolução e relevância do novo síndico.
Se antes era renegado e delegado ao morador curioso nos assuntos condominiais, hoje este perfil está alicerçado em bases sólidas, pois a concreta visão deve ser global para não correr o risco do mandato desabar por incompetência. Arrisco dizer que é uma das funções mais complexas do mercado imobiliário.
Assim, esta porta de oportunidades está cada vez mais estreita para aqueles que não investem na ascensão profissional ou até mesmo que em seus currículos comportamentais não conste senso de confiança, organização, sensibilidade, equilíbrio e pró-atividade.
Segundo dados do Secovi Rio, o estado do Rio de Janeiro possui mais de 32 mil condomínios, que geram 141 mil empregos diretos. Há quem pense que a função síndico fica condicionada a empreendimentos residenciais, mas este terreno é bem mais amplo e promissor, expandindo oportunidades para áreas empresariais, como galerias comerciais e shoppings.
Neste contexto uma nova janela se abre para este segmento, pois essa prestação de serviço, está sendo, amplamente, oferecida pelos chamados síndicos externos ou gestores condominiais. Com isso, a chave para o sucesso e crescimento profissional chama-se qualificação.
No entanto, este bem intangível – o conhecimento -, não deve ficar estacionado por muito tempo, pois este setor é altamente dinâmico e competitivo, levando o candidato ou detentor do cargo a constantes participações em cursos, palestras e treinamentos, afastando futuros concorrentes ávidos pela vaga.
Na canção WBrasil**, o cantor e compositor Jorge Benjor, em uma determinada estrofe menciona… “Eu vou chamar o síndico…Tim Maia”. Quem sabe em sua próxima composição será você o contemplado. Invista nesta carreira!
*DA SILVA, Gilson Vieira; DA SILVA, Joram Ferreira. Casinha Branca In: Maria Bethânia. Maricotinha ao Vivo. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2002, CD, faixa 19.
**BENJOR, Jorge. WBrasil. In: BENJOR, Jorge. Live in Rio. Rio de Janeiro: Warner Music, 1992, CD, faixa 9.