Um amplo estudo realizado recentemente pela Alqia, uma das principais administradoras de shopping centers do Brasil, que ouviu cerca de 19 mil pessoas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Alagoas e Acre, constatou que 50% dos entrevistados apontaram a segurança como a principal motivação para as famílias escolherem essa categoria de centro comercial como o local para passeios com as crianças durante as férias escolares de julho.
A pesquisa destaca que essa opção se deve ao fato de os shoppings oferecerem um ambiente considerado controlado. Em meio a esse cenário, Marco Barbosa, diretor da unidade brasileira da Came, fabricante de produtos de controle de acesso, revela que tem recebido uma procura crescente por projetos com sistemas de proteção e gestão de fluxo integrados, solicitados por empreendimentos comerciais que contam com áreas de lazer, trabalho e residência dentro de um mesmo complexo, onde abrigam edificações para escritórios e, em alguns casos, até hotéis de luxo.
Há vários motivos que justificam a adoção desse modelo multiuso por um número cada vez maior de shoppings, entre os quais o de oferecer aos seus frequentadores a praticidade de poder realizar diferentes atividades do cotidiano ao mesmo tempo em que desfrutam de segurança, conforto e proximidade de casa ou do local de trabalho. Essa versatilidade também atrai um maior número de clientes e proporciona outros benefícios aos seus administradores, como, por exemplo, a valorização do imóvel e a expansão das receitas com aluguéis.
“Existe uma tendência crescente entre os shoppings de tentar concentrar, em um ambiente que antes era apenas comercial, as áreas de escritório, residencial e lazer. Em linha com essa proposta e as necessidades que a aplicação desse formato de empreendimento exige, a Came pode entrar com uma ampla gama de soluções e produtos de segurança, sendo que o grande desafio é fazer com que a integração desses sistemas seja a mais eficiente possível. E os centros comerciais multiuso, além de trazerem maior público, estão capitalizando ao poderem vender o seu metro quadrado por um preço mais alto também pelo fato de oferecerem um nível maior de proteção aos usuários”, ressalta Barbosa.
Segurança é prioridade permanente dos shoppings
A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), destaca que, para reforçar o nível de proteção que oferecem aos clientes e aos próprios lojistas, diversos empreendimentos do segmento já utilizam recursos proporcionados por Inteligência Artificial e até o reconhecimento facial, adotado de forma discreta em suas portas de entrada, com o objetivo de disponibilizar ambientes mais controlados a todos ao vigiar de maneira mais completa os visitantes, funcionários e prestadores de serviços.
Monitoramento 24 horas, com sistemas de câmeras sofisticados, além de ações da administração do centro comercial para manter uma comunicação ágil com autoridades policiais, caso precisem acioná-las, e a adoção de comitês de segurança que fiscalizem as operações das equipes de vigilantes estão entre as outras iniciativas dos shoppings que visam garantir um espaço, de fato, seguro e que transmita aos seus clientes a, sempre essencial, sensação de segurança.