Facebook Twitter Instagram
    Condo.news Condo.news
    • Home
    • Assuntos
      • Institucional
      • Notícias do Mercado
      • Manutenção Predial
      • Finanças
      • Inovação e Tecnologia
      • Administração de Condomínio
      • Direito Condominial
      • Vida de síndico
      • Vida em condomínio
    • Condotechs
    • Colunistas
    • Orçamento de serviços para condomínio
    • Financiamento para condomínio
    • Condo.News Summit
    Condo.news Condo.news
    Engelink
    Home»Notícias do Mercado»Quais cuidados tomar para que o porteiro não vire um faz-tudo
    Quang Nguyen Vinh para Unsplash
    Notícias do Mercado

    Quais cuidados tomar para que o porteiro não vire um faz-tudo

    26 de outubro de 20254 Minutos
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn WhatsApp Telegram Email

    Nos condomínios brasileiros, o porteiro é figura central. Cabe a ele controlar o acesso de pessoas e veículos, recepcionar visitantes, receber encomendas, registrar ocorrências e, sobretudo, zelar pela rotina segura e organizada do espaço. Mas, apesar de suas atribuições bem delimitadas, é comum encontrar porteiros acumulando tarefas que extrapolam o escopo da função.

    Esse cenário abre espaço para um problema jurídico e social relevante: o desvio de função. Quando um trabalhador é contratado para exercer uma atividade específica e, no decorrer do contrato, passa a desempenhar outras tarefas, de maior complexidade, sem a devida compensação, configura-se acúmulo funcional. A prática pode gerar passivos trabalhistas para empregadores e sobrecarga para profissionais.

    Transformar o porteiro em um funcionário “multiuso” pode parecer uma saída rápida para reduzir custos em condomínios ou empresas. Mas a economia imediata se converte, na prática, em um risco com elevado custo. A Justiça do Trabalho tem firme entendimento em reconhecer o direito às diferenças salariais para empregados que sofrem desvio de função.

    Além do aspecto jurídico, há consequências no cotidiano. Sobrecarregar o porteiro com funções que não são de sua responsabilidade compromete a qualidade do serviço essencial que ele deve prestar: a portaria. Enquanto, em hipótese, limpa uma área comum ou resolve problemas de manutenção, o profissional deixaria de estar presente em sua principal frente de trabalho.

    Prevenção é o caminho

    Grande parte do problema nasce já na contratação. Muitos contratos não especificam claramente as atividades do porteiro, abrindo margem para interpretações convenientes. É nesse espaço de indefinição que surgem os abusos. O correto seria que as atribuições fossem listadas de forma clara desde o início e, caso o empregador queira incluir outras tarefas, isso esteja documentado e acordado previamente.

    Mas, na prática, o que se vê é a improvisação: faltam funcionários para limpeza ou manutenção, e a tarefa “sobra” para o porteiro. O resultado é a informalidade que prejudica não só o trabalhador, mas também a coletividade que depende de um serviço eficiente de portaria.

    Segurança em segundo plano

    Outro aspecto crítico é a confusão entre porteiro e vigilante. Embora ambos lidem com a segurança, suas funções são distintas: o vigilante pode portar arma e exerce atividades de proteção patrimonial; o porteiro, não. 

    Portanto, não se pode exigir do Porteiro a realização de atividades de vigilância, pois colocaria em risco a própria segurança do condomínio e exporia o trabalhador a situações para as quais não foi devidamente treinado e capacitado.

    Fiscalização

    O debate sobre desvio de função não deve ser tratado como mera formalidade trabalhista. Ele toca em temas mais amplos, como dignidade profissional, segurança condominial e responsabilidade dos empregadores. Para evitar problemas, além dos dois pontos citados acima, é preciso que haja uma gestão responsável.

    Exercer supervisão e manter processos de fiscalização contínua, acompanhando de perto as rotinas de trabalho, assegurando que as funções do porteiro não se ampliem de maneira irregular e prejudicial também é fundamental. Revisões periódicas, observação prática das atividades e canais de comunicação claros permitem identificar e corrigir desvios rapidamente, promovendo um ambiente de trabalho justo e evitando futuros passivos trabalhistas para o condomínio.

    Treinamento

    A capacitação contínua, por fim, também é um ponto muito relevante, reduzindo o risco de direcionamento a tarefas fora do escopo. O treinamento para que os porteiros desempenhem corretamente as atividades típicas, como controle de acesso, recepção de visitantes, registro de ocorrências e comunicação com moradores, garante não apenas eficiência, mas também clareza sobre seus limites de atuação.


    *Por Larissa Salgado, advogada da área trabalhista do escritório Silveiro Advogados, é graduada em Direito pela UNIRITTER e pós-graduada em Direito do Estado pela UNIRITTER e em Direito do Trabalho e Processual do Trabalho pelo IDC


    Colunista Convidado

    Convidamos especialistas do mercado para trazer uma abordagem mais profunda sobre tendências e os temas mais quentes do setor
    View all posts
    colunistas condomínio desvio de função direito trabalhista faz tudo gestão condominial gestão de condomínios gestão de encomendas Larissa Salgado porteiro Silveiro Advogados vigilante
    Compartilhar. Facebook Twitter LinkedIn WhatsApp Telegram Email
    Artigo AnteriorZuk e Santander promovem leilão com mais de 200 imóveis em novembro

    Posts Relacionados

    Zuk e Santander promovem leilão com mais de 200 imóveis em novembro

    25 de outubro de 2025

    O que é preciso saber antes da transição para portaria remota

    25 de outubro de 2025

    Jovens com até 40 anos descobrem leilões de imóveis e mudam perfil do setor

    24 de outubro de 2025

    Comentários estão fechados.

    Cadastre-se e receba as novidades da Condo.news

    Fique por dentro das notícias e informações sobre condomínios.

    Últimos posts

    Quais cuidados tomar para que o porteiro não vire um faz-tudo

    26 de outubro de 2025

    Zuk e Santander promovem leilão com mais de 200 imóveis em novembro

    25 de outubro de 2025

    O que é preciso saber antes da transição para portaria remota

    25 de outubro de 2025
    Cashme

    O melhor portal de conteúdo para síndicos e gestores de condomínio.

    Facebook Twitter Instagram YouTube LinkedIn RSS
    Últimos posts

    Quais cuidados tomar para que o porteiro não vire um faz-tudo

    26 de outubro de 2025

    Zuk e Santander promovem leilão com mais de 200 imóveis em novembro

    25 de outubro de 2025

    O que é preciso saber antes da transição para portaria remota

    25 de outubro de 2025
    Categorias
    • Administração de Condomínio
    • Condo.News Summit
    • Condotechs
    • Direito Condominial
    • Finanças
    • Inovação e Tecnologia
    • Institucional
    • Manutenção Predial
    • Notícias do Mercado
    • Vida de síndico
    • Vida em condomínio
    © 2025 Condo.news. Todos os direitos reservados.

    Digite acima e pressione Enter para buscar. Clique em Esc para cancelar.