Regiões como Faria Lima e Nova Faria Lima lideraram o movimento, atraindo empresas em busca de edifícios corporativos de alto padrão. Os dados do painel “ RealtyCorp Analytics ” indicam uma queda significativa na taxa de vacância, sinalizando uma retomada do setor impulsionada pela crescente demanda por espaços de qualidade.
“O mercado paulistano tem demonstrado uma resiliência impressionante, especialmente nos edifícios de alto padrão, que continuam a ser a escolha preferida de grandes empresas em busca de localização estratégica e infraestrutura de ponta”, destaca Marcos Alves, CEO e cofundador da RealtyCorp.
Indicadores positivos sustentam crescimento
Conforme o levantamento, São Paulo possui um estoque total de 17.376.575 metros quadrados em escritórios, sendo 12.295.969 metros quadrados destinados ao segmento Corporate (lajes corporativas) e 5.080.607 metros quadrados ao modelo Office (pequenas salas comerciais). A distribuição por classes aponta que 16,88% pertencem ao segmento Corporate A+, 13,13% à Classe A e 40,75% são classificados como Outros (Classes B e C).
A absorção líquida no setor corporativo Corporate A+ totalizou 78.953 metros quadrados no quarto trimestre de 2024, representando um aumento de 39,66% em relação ao trimestre anterior. “Os números refletem a confiança dos empresários na volta crescente aos escritórios e a retomada das atividades empresariais, que buscam espaços mais modernos e eficientes”, explica Alves.
Taxa de vacância em queda
Outro dado relevante apontado pelo estudo é a redução da taxa de vacância, que caiu para 15,69% (todo o universo de escritórios), o menor índice desde o início da pandemia. A queda reflete a maior procura por escritórios de alto padrão e a estabilização da economia. “Com a queda da taxa de vacância e o crescimento da absorção líquida, vemos um ciclo virtuoso de expansão do setor, impulsionado por empresas que buscam ambientes mais inovadores e sustentáveis”, avalia o executivo.
Desafios e perspectivas para esse ano
Apesar dos avanços, algumas categorias, como Corporate A e Outros (Classes B e C), registraram uma leve desaceleração na absorção líquida. Esse cenário aponta para um interesse cada vez maior dos inquilinos por edifícios de mais qualidade e melhor localizados em detrimento aos edifícios de padrão menos elevado e mais antigos.
“A demanda está cada vez mais voltada para a qualidade dos espaços, e as empresas estão dispostas a investir em ambientes que ofereçam melhor infraestrutura e localização estratégica”, destaca Alves.
Para 2025, a expectativa é de que o mercado continue sua trajetória de crescimento, impulsionado pela entrega de novos empreendimentos e a ampliação da ocupação em regiões estratégicas da cidade.
“Os anos de 2022 e 2023 foram, de forma mais objetiva, um período de restabelecimento da atividade imobiliária B2B no país, depois de um recuo em 2020 e 2021, ocasionado pela pandemia da covid-19. Com esses resultados de 2024, já estamos falando em uma consolidação da retomada deste mercado, que só em São Paulo, responde por mais de 17 milhões de metros quadrados”, conclui o cofundador.