Começou hoje o IX Congresso GPU para Síndicos Profissionais e Gestores de Propriedades Urbanas, no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Após palestra motivacional do campeão olímpico César Cielo, e abertura do CEO da GPU, Giovani Oliveira, que abordou as novas unidades de negócios da empresa – plataforma Doitt, GPU Academy e Eventos, a primeira palestra do dia “Desvendando os segredos do sucesso na gestão de 150+”, moderada por Edgar Poschetzky, CEO da APSA, reuniu síndicos profissionais que conseguiram crescer e hoje possuem empresa que cuidam de mais de 150 condomínios.
Maicon Guedes, advogado e gestor de condomínios com empresa em 10 estados e 223 condomínios geridos, a Informma Síndicos, reforçou que deixou o jeito artesanal de lado. “Passei a usar tecnologias e equipes muito bem treinadas que propiciaram o melhor atendimento. Quando deixei de pensar como síndico e passei a pensar como empresário, consegui crescer. Passei a pensar mais em como faturar mais e menos na operação do dia a dia dos condomínios. A gente tem que vender os benefícios do nosso trabalho”, disse.
José Henrique Hornung fundou sua empresa de síndicos profissionais em Porto Alegre em 2009, a PH3 e hoje administra 200 condomínios. “Quem quer escalar precisa ter uma marca por trás e não uma pessoa. A maior dificuldade para crescer é encontrar pessoas ou desenvolvê-las na forma que desejamos para cumprir metodologias e diretrizes da nossa empresa. Hoje 80% das pessoas que trabalham comigo são meus ex-alunos.
Lucas Martins, também sócio da PH3, atua há 17 anos e trabalhou em várias grandes administradoras e reforçou que para ganhar mais, precisam cobrar mais. “Mas tem pessoas no mercado cobrando um quinto do que cobro. Então minha dica é você definir qual a sua capacidade, a sua qualidade e quanto você quer ganhar pra oferecer isso. E buscar os clientes que estão em busca dessa qualidade que você oferece. Os síndicos profissionais precisam explorar melhor seus relacionamentos e buscar quem possa melhor remunerar seu trabalho. E esse relacionamentos são com fornecedores, com todos os envolvidos no segmento. Temos que definir bem o nicho que queremos atender. Bons condomínios pagam bem. Mas temos que atender muito bem para alcançá-los e mantê-los”.
Lucas reforçou que adotou a estratégia de ter uma administradora como principal parceira. “Esse relacionamento faz toda a diferença. E não há problema em ter uma apenas. Quem tem muitos, não tem nenhuma. Precisamos estar perto de quem é grande, relevante. Tenho segurança, é muito mais fácil pra nós em vários aspectos.
Conflito nas comunicações urgentes como o WhatsApp – Um dos pontos abordados foi que o aplicativo tem seu lado maravilhoso, mas é uma ferramenta que também atrapalha pois as pessoas perdem a noção de horários e os acionam em horários inadequados. “As regras precisam ser criadas antes. Condomínios têm todos os elementos do mundo para dar errado. Tudo é difícil.
Devemos como síndicos, assumir o protagonismo e não ficarmos a mercê de conselheiros que sobressaem os direitos coletivos. Nós operadores do mercado é que temos que ditar as regras do mercado. Não podemos ter medo de perder contratos. Quando o síndico está se submetendo a muita s condições ruins, o melhor a fazer é sair. Sejam marcantes e assumam suas posições”.
Maicon complementa que hoje os aplicativos são mais adequados do que o WhatsApp. “Essa ferramenta é apenas para questões realmente muito urgentes”.
Por fim Lucas recomendou a participação de eventos, buscar conhecimento do que está acontecendo em outros lugares e até fora do país. “Traçam objetivos de curto e longo prazo”.