O direito a acessibilidade é um meio de garantir que as pessoas com deficiências ou com mobilidade reduzida possam circular e se movimentar pelos espaços da cidade de forma plena e livre de barreiras. E a falta desse acesso a esta parcela da população levou a criação da Inpatics, negócio de soluções tecnológicas aplicadas ao espaço urbano.
A startup baiana nasceu com o propósito de tornar as cidades mais humanas, inteligentes e sustentáveis por meio da tecnologia, visando melhorar a relação das pessoas com o ambiente que as cerca. Assim, a empresa busca mitigar os desafios enfrentados diariamente pelas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
A govtech vem desenvolvendo diferentes soluções inovadoras com base em dados urbanos. Um dos principais produtos é a plataforma Izzistrit. Trata-se de uma ferramenta que gera rotas acessíveis customizadas, que auxiliam a tomada de decisão das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida no deslocamento pelo espaço urbano, oferecendo mais autonomia, segurança, e independência. Por meio de mapas digitais e chatbot, o recurso permite verificar o trajeto mais favorável de acordo com cada deficiência, por exemplo, ou até recomendações de estabelecimentos comerciais, levando em conta suas condições de acessibilidade, como rampas, piso tátil e vagas de estacionamento, entre outros fatores.
Jornada da startup
Criada em 2020, a startup de Salvador (BA) está em fase de preparação para a entrada no mercado de grandes investimentos. Recentemente, a Inpatics firmou parceria com a Dome Ventures, corporate venture builder voltada para govtechs que tem o intuito de transformar o futuro das instituições públicas no Brasil. Nos próximos meses, a empresa vai fornecer orientações e recursos para fortalecer a marca e auxiliar na estruturação da operação. Até o início do ano que vem, a Inpatics espera estar pronta para receber aportes.
Com foco em impacto social, a startup tem o olhar voltado, especialmente, para instituições, governo e órgãos públicos, de modo a favorecer a população como um todo. “Quando pensamos em adaptar uma cidade para uma pessoa com deficiência física ou mobilidade reduzida, não beneficiamos apenas esse público, mas acabamos melhorando a vida de todos”, afirma Macello Medeiros, cofundador da Inpatics.