Com a chegada do final de ano, muitas pessoas começam a se programar para tirar férias, viajar ou mesmo passar um tempo com a família. Contudo, para que os serviços básicos de um condomínio, como portarias, jardinagem e limpeza, não sejam afetados durante as férias dos colaboradores, é necessário que haja planejamento adequado e estruturado. E esse período não precisa ser um desafio: com método, antecipação e suporte especializado, é possível manter a operação fluida e garantir tranquilidade para moradores, síndicos e colaboradores.
O primeiro passo é analisar o quadro atual de colaboradores, identificar períodos críticos de demanda e entender as preferências individuais de férias de cada funcionário. Não menos importante, também deve-se revisar os contratos, normas internas do condomínio e histórico de ocorrências para evitar falhas do passado. O ideal é que essas solicitações sejam feitas entre 30 e 90 dias antes da data pretendida para o início das férias.
Esse período contempla o tempo necessário para organizar substituições, redistribuir funções, solicitar férias de forma adequada ao setor de Recursos Humanos e comunicar o planejamento aos moradores, evitando a sobrecarga da equipe. Para garantir um cronograma realmente eficiente e sustentável, recomenda-se observar três pilares fundamentais:
- Equilíbrio das competências técnicas: evitar o afastamento simultâneo de
colaboradores que desempenham funções semelhantes ou exercem
atividades críticas à operação; - Distribuição proporcional das ausências: planejar as férias de forma
alternada, evitando a concentração de afastamentos nos mesmos dias ou
semanas; - Reserva de contingência: manter previsão de reforço de colaboradores ou
realocação de equipes de apoio em períodos de maior demanda.
A adoção desses pilares assegura continuidade operacional, reduz riscos de sobrecarga e contribui para uma gestão mais organizada e eficiente da equipe.
Já uma outra opção para sanar esse tipo de eventualidade é a contratação de profissionais temporários, principalmente em situações que haja um número elevado de colaboradores saindo simultaneamente, em serviços essenciais que não podem sofrer descontinuidade, como portaria presencial 24h e não seja possível realocar profissionais de outros turnos sem gerar sobrecarga. A contratação temporária deve ser planejada com base na real necessidade e sempre observando o limite de custos estabelecido pelo condomínio.
Vale reforçar que essa ação deve seguir a legislação trabalhista, portanto o condomínio só deve contratar mão de obra temporária por meio de empresa especializada e registrada, evitando contratar diretamente. Além disso, é de extrema importância a constituição de vínculos formais, registro de ponto, entrega de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), orientação funcional para garantir segurança jurídica e qualidade operacional e, caso necessário, treinamento
adequado para o desempenho das funções de maneira satisfatória.
Outro ponto importante é a comunicação entre os condomínios e seus residentes, que deve ser feita de forma transparente para reduzir a ansiedade e aumentar a compreensão dos condôminos. Quando os moradores sabem de todas as mudanças no quadro de colaboradores que irão acontecer naquele período, a tendência é de haver menos ruídos e reclamações. E essa comunicação pode se dar por meio de comunicados oficiais, divulgados por e-mail, aplicativos e murais internos.
Mais do que uma obrigação legal, as férias são fundamentais para preservar a saúde física e emocional dos colaboradores. Um time descansado, valorizado e bem organizado reflete diretamente na qualidade do atendimento e na imagem do condomínio.
*Por Harrison Pinho Júnior, CEO da Singular Serviços e Segurança em São Paulo e regional
Sul, um dos maiores grupos do setor no Brasil. Atua na empresa desde 2009, onde impulsionou a profissionalização, a expansão nacional e o uso de tecnologias no segmento, se tornando
referência em gestão com foco em eficiência, inovação e valorização do capital humano.
