Facebook Twitter Instagram
    Condo.news Condo.news
    • Home
    • Assuntos
      • Institucional
      • Notícias do Mercado
      • Manutenção Predial
      • Finanças
      • Inovação e Tecnologia
      • Administração de Condomínio
      • Direito Condominial
      • Vida de síndico
      • Vida em condomínio
    • Condotechs
    • Colunistas
    • Orçamento de serviços para condomínio
    • Financiamento para condomínio
    • Condo.News Summit
    Condo.news Condo.news
    Impro Engenahria
    Home»Notícias do Mercado»Construção civil e o desafio hídrico: por que precisamos de diretrizes para reúso da água
    Notícias do Mercado

    Construção civil e o desafio hídrico: por que precisamos de diretrizes para reúso da água

    12 de outubro de 20254 Minutos
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn WhatsApp Telegram Email

    O Brasil, que concentra 12% da água doce do planeta, enfrenta um paradoxo entre sua potencial abundância, perdas alarmantes e desigualdade no acesso ao recurso. Segundo relatórios recentes, mais de um terço da água potável tratada se perde antes de chegar às torneiras — volume que seria suficiente para abastecer mais de 50 milhões de pessoas em um ano. Paralelamente, 33 milhões de brasileiros ainda vivem sem acesso regular à água potável.

    Na Região Metropolitana de Curitiba, após a pior estiagem da história recente da cidade, entre os anos de 2020 e 2022, os sinais de alerta ressurgem em 2025. A crise hídrica na bacia do Rio Paraná preocupa, pela seca na região Norte do estado e RMC somada à previsão de influência do fenômeno La Niña, com provável redução das chuvas no Sul do Brasil.

    O papel estratégico da construção civil

    O futuro da gestão hídrica nas cidades passa pela construção civil, mas sem padronização regulatória, a adoção de soluções que demandam investimentos, como os sistemas de reciclagem de águas cinzas, permanecem como exceção, em vez de regra. Um exemplo é o fato de Curitiba, cidade que é referência nacional em certificações de sustentabilidade no setor, ter apenas três empreendimentos residenciais com reúso das águas cinzas, reaproveitadas dos chuveiros e lavatórios nos vasos sanitários. Nos demais, a água potável é desperdiçada pelas descargas.

    As edificações projetadas hoje determinarão os padrões de consumo das próximas décadas. Nesse contexto, a construção civil é peça-chave na promoção da eficiência hídrica. Tecnologias de reaproveitamento das chamadas águas cinzas e de captação de água da chuva para irrigação e limpeza dos condomínios já estão disponíveis há anos no Brasil.

    Além disso, escolhas técnicas como a especificação de louças e metais inteligentes — torneiras e duchas com redutores de vazão, arejadores que garantem conforto com menor consumo e vasos sanitários de duplo acionamento — ampliam o leque de soluções que podem representar até 60% de economia de água nos empreendimentos verticais. O desafio está em transformar essas inovações em padrão de mercado.

    Fragmentação regulatória ainda trava expansão

    Apesar de avanços como esses, o reuso de águas cinzas não acompanha a urgência imposta pela crise hídrica. Como destacou o jornal Valor Econômico, a demanda por reuso cresce, mas a regulação é fragmentada: cada município ou estado estabelece suas próprias exigências, sem uma normativa nacional que dê previsibilidade a investidores e construtoras.

    Em Curitiba, por exemplo, a legislação municipal obriga apenas a instalação de sistemas de captação de água da chuva em novos empreendimentos, mas não trata do reuso de águas cinzas. Já o Paraná aprovou em 2023 uma regulamentação inédita para o reuso de água, exigindo redes paralelas, sinalização e critérios de qualidade — um avanço, mas ainda restrito ao âmbito estadual. O incentivo do Governo ao reúso de águas cinzas está previsto na Lei Federal 14.546/23, que alterou a Lei do Saneamento. Mas a norma carece de regulamentação.

    O Brasil precisa transformar exemplos pioneiros em regra, garantindo que sustentabilidade e eficiência deixem de ser diferenciais de marketing e se tornem obrigação setorial. Afinal, o futuro da gestão hídrica dependerá da nossa capacidade de construir cidades mais inteligentes, resilientes e responsáveis com seus recursos naturais.

    *Por Luiz Antoniutti, engenheiro civil graduado pela Universidade Católica de Pelotas (RS),
    mestre em Geotecnia pela USP (Universidade de São Paulo), com MBA pela Fundação
    Dom Cabral. É fundador da In Situ Geotecnia e foi diretor no Brasil da operação de
    geotecnia de terra e offshore da multinacional holandesa Fugro . Foi presidente do Núcleo
    do Paraná e Santa Catarina da Associação Brasileira de Engenharia Geotécnica e
    Fundações e também professor de Mecânica dos Solos da PUCPR (Pontifícia Universidade
    Católica do Paraná). Desde 2015, é diretor-executivo da AGL Incorporadora.


    Colunista Convidado

    Convidamos especialistas do mercado para trazer uma abordagem mais profunda sobre tendências e os temas mais quentes do setor
    View all posts
    colunistas construção civil curitiba desafio hídrico diretrizes para reúso da água gestão hídrica In Situ Geotecnia Lei Federal 14.546/23 Luiz Antoniutti Região Metropolitana de Curitiba reúso da água sustentabilidade
    Compartilhar. Facebook Twitter LinkedIn WhatsApp Telegram Email
    Artigo AnteriorProptech financia imóvel sem entrada e com parcelas fixas
    Próximo Artigo Lei de liberdade econômica deve impulsionar imóveis comerciais em BH

    Posts Relacionados

    Meu vizinho comprou uma Ferrari

    18 de novembro de 2025

    Fim de ano nos condomínios: regras, organização e bom senso para uso das áreas comuns

    17 de novembro de 2025

    São Paulo sediará para primeiro prédio em parceria com o Airbnb do Brasil

    16 de novembro de 2025

    Comentários estão fechados.

    Cadastre-se e receba as novidades da Condo.news

    Fique por dentro das notícias e informações sobre condomínios.

    Últimos posts

    Meu vizinho comprou uma Ferrari

    18 de novembro de 2025

    Casos de dengue caem 70% em 2025, mas risco de novo surto preocupa especialistas

    17 de novembro de 2025

    Fim de ano nos condomínios: regras, organização e bom senso para uso das áreas comuns

    17 de novembro de 2025
    Engelink

    O melhor portal de conteúdo para síndicos e gestores de condomínio.

    Facebook Twitter Instagram YouTube LinkedIn RSS
    Últimos posts

    Meu vizinho comprou uma Ferrari

    18 de novembro de 2025

    Casos de dengue caem 70% em 2025, mas risco de novo surto preocupa especialistas

    17 de novembro de 2025

    Fim de ano nos condomínios: regras, organização e bom senso para uso das áreas comuns

    17 de novembro de 2025
    Categorias
    • Administração de Condomínio
    • Condo.News Summit
    • Condotechs
    • Direito Condominial
    • Finanças
    • Inovação e Tecnologia
    • Institucional
    • Manutenção Predial
    • Notícias do Mercado
    • Vida de síndico
    • Vida em condomínio
    © 2025 Condo.news. Todos os direitos reservados.

    Digite acima e pressione Enter para buscar. Clique em Esc para cancelar.