Na hora de escolher um imóvel, a localização é o principal fator avaliado por 81% dos brasileiros, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) divulgada neste ano. O melhor dos mundos para o usuário é estar em um bom lugar, poder garantir uma maior valorização, que facilite o dia a dia e garanta uma maior qualidade de vida. Na pesquisa nacional, 71% dos entrevistados declararam estar dispostos a pagar mais para morar perto do trabalho, e 57% colocariam a “mão no bolso” para viver em espaço arejado ou com a natureza presente.
Mas com as mudanças de vida que acontecem em menor espaço de tempo, como troca de um trabalho, o lugar que facilita a rotina hoje, pode estar distante do próximo job, amanhã. Por isso, entra em cena também um outro requisito na hora da escolha: a relação afetiva com o bairro. Um levantamento feito pela agência Crispim Estrategicamente Criativa, a pedido do residencial Alto da Boa Vista, na região noroeste de Goiânia, apontou que 24% dos compradores de casas no condomínio horizontal já viviam na região primária. O comportamento se repete em outras pesquisas de lançamentos imobiliários para se estudar o perfil dos compradores.
“A gente percebe um vínculo de afetividade das pessoas com os lugares onde escolhem viver. Normalmente, as localizações onde elas cresceram e onde está sua rede de apoio”, diz a diretora da empresa, Dorinha Crispim. Um estudo feito em 2015 já apontava esse comportamento. Os dados do Departamento de Prospecção e Análise do Mercado Imobiliário do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de Goiás (Depami/Creci-GO) revelaram, na época, que 50,62% das pessoas que desejam mudar de endereço pretendiam permanecer no bairro onde residiam.
No dia a dia
O gestor comercial Vagner dos Santos está trabalhando nos últimos meses nas vendas do Condomínio Alto Boa Vista e percebe esse comportamento no dia a dia. “É grande o número de pessoas que passam pelo estande que temos no local e já são da vizinhança próxima daqui. Esse apego às raízes se soma à procura por uma maior segurança”, diz.
É o caso do aposentado Antônio Reginaldo Gomes, que optou por permanecer próximo de suas raízes ao morar no condomínio. “Minha esposa e eu escolhemos esse imóvel porque sempre moramos nessa região da capital. Antigamente morávamos na Vila Santa Helena, a cerca de cinco minutos daqui. Quando começamos a procurar uma nova residência, priorizamos a questão da segurança e do lazer, por estar próximo de onde já estávamos acostumados e contar com esses serviços nos fez decidir bater o martelo”, explica.