Marco Barbosa, diretor da Came, revelou que a filial do país da multinacional espera fechar o ano com um aumento de até 15% nas vendas de produtos de alta segurança e controle de acesso na comparação com 2022. Já ao levar em conta todos os equipamentos comercializados pela companhia, a expansão prevista é de 20% em 2023, em comparação com o ano anterior.
A previsão otimista está ligada principalmente às recém-lançadas controladoras de equipamentos. Essas placas de comando garantem maior conectividade e entregam soluções integradas para gestão dos dispositivos de segurança e controle de acesso, como cancelas, catracas, dilaceradores de pneus, road blockers e bollards, que são barreiras de proteção de alta resistência com acionamento remoto.
“Todos os produtos da Came sofreram atualizações para poder receber os comandos de conexão das controladoras, via internet das coisas, e ser acessível pelo celular e até operado pelo telefone. E, agora, o cliente recebe relatórios completos de desempenho dos equipamentos, que podem ser monitorados à distância enquanto é gerenciado tudo o que está acontecendo nos ambientes onde há esse controle. O nível de sofisticação se tornou muito mais avançado do que era antes”, ressalta Barbosa, que também é especialista em segurança.
Negócios no ritmo do crescimento do setor
Embora possa parecer exagerada a projeção de aumento de 20% da Came em suas vendas em 2023 na comparação com o período anterior de 12 meses, essa expectativa está alinhada com o forte ritmo de expansão do setor em que a empresa atua. A última edição da pesquisa Panorama de Mercado, divulgada pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), confirmou um crescimento de 18% do setor no Brasil em 2022, quando também contabilizou um expressivo faturamento de R$ 11 bilhões. E a entidade espera por um incremento de 19% desse segmento até o final deste ano.
“Eu vejo esse mercado estimulado em função do clima de insegurança que temos hoje. Os problemas com violência, que são amplamente noticiados pela mídia, também ajudam a impulsionar os investimentos em segurança e controle de acesso”, finaliza Barbosa, cuja opinião também pode ser ratificada pelos altos gastos governamentais recentes na luta contra a criminalidade no Brasil.