O mercado de aluguel residencial de Belo Horizonte registrou, em julho de 2025, a menor alta acumulada nos preços em um ano. Os dados são do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, divulgado durante a semana. Segundo o indicador, os resultados indicam uma desaceleração significativa no ritmo de valorização dos aluguéis na capital mineira. A variação, no entanto, ainda supera a inflação.
O preço médio do aluguel acumulou uma alta de 12,56% nos últimos 12 meses encerrados em julho de 2025. Embora ainda positiva, essa é a menor taxa de crescimento anual registrada para a capital desde maio de 2024. Os dados reforçam a possibilidade de uma desaceleração no aumento dos preços, uma vez que, em junho, o preço médio do metro quadrado registrou a primeira queda em 30 meses.
Na avaliação de Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar, essa moderação no crescimento não indica um arrefecimento da demanda nos dois mercados. Em julho, o preço médio do metro quadrado atingiu R$ 41,49 – 0,49% acima do observado em junho.
“É um bom sinal para inquilinos que buscam novas opções de moradia, já que a redução do ritmo de crescimento tende a tornar o mercado de aluguel menos volátil. Para os proprietários, é importante ressaltar que, mesmo com a desaceleração, a valorização acumulada ainda se mantém acima da inflação, protegendo o valor do patrimônio. O mercado continua aquecido”, afirma Reis.
Em julho de 2025, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), conhecido como “prévia da inflação”, registrou uma inflação acumulada de 5,3% nos últimos 12 meses. Trata-se de um patamar inferior ao registrado pelo indicador de aluguel nas duas capitais.
Um retrato do aquecimento do mercado é a taxa de desconto. Em julho, a média de desconto nos contratos fechados em Belo Horizonte foi de 2,4%, 0,4 ponto percentual acima do patamar observado em junho (2,0%).
O índice de desconto é calculado com base na diferença entre o preço anunciado e o valor efetivamente pago nos imóveis negociados no mês de referência. Essa métrica reflete o aquecimento do mercado, considerando as negociações entre proprietários e inquilinos, com base nos contratos fechados ao longo do período
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