A conta de luz ocupa uma boa parte do orçamento das famílias brasileiras, sobretudo com o aumento nas bandeiras de tarifas da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em decorrência das crises hídricas. O uso consciente da energia vai além do ponto de vista financeiro, a preservação dos recursos naturais e a preocupação com a sustentabilidade também devem ser levados em consideração.
O reajuste implantado pela ANEEL provoca moradores e síndicos de condomínios buscarem por meios de reduzir os custos mensais.
Como funciona a conta de luz do condomínio
O morador paga a conta de energia referente a sua unidade de acordo com o seu consumo individual. Contrapartida as despesas com eletricidade referente às áreas comuns do condomínio – piscina, elevador, playground, portarias, entre outros – são distribuídas entre os moradores.
Com o aumento da conta de luz e o contingente de pessoas residindo e circulando no condomínio, a responsabilidade de controlar os gastos do local e conter o aumento na taxa condominial se torna uma tarefa árdua para o síndico.
Por isso é preciso pensar em soluções para que os moradores não percam o conforto, sem prejudicar o setor econômico do condomínio. Sendo assim, algumas mudanças de postura e adesão de novas ideias que visam a solução, podem ajudar o síndico a reduzir gastos com a parte elétrica do condomínio.
Para Anton Schwyter, coordenador do Programa de Energia e Sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a economia de energia é a melhor alternativa para o consumidor reduzir o impacto dos reajustes nas contas de luz. Essa economia pode ser obtida com a redução do uso dos equipamentos eletrônicos e com a escolha das opções mais eficientes, ou seja, que usam menos energia para seu funcionamento.
Fazer o retrofit elétrico em prédios mais antigos
A implantação do retrofit elétrico em condomínios mais antigos é muito eficaz, uma vez que essas construções costumam contar com uma fiação mais rígida e mal dimensionada, e lâmpadas incandescentes que consomem exageradamente, tendo um período de duração menor. Nesse caso, esta seria uma forma de renovar a fiação, possibilitando a implantação de tecnologias mais modernas que podem conter a sobrecarga de energia e provocar economia na conta de luz.
Conscientização dos moradores
Ampliar a comunicação com os moradores é primordial para que haja uma contenção na conta de luz do condomínio, assim como o consumo individual de cada unidade.
É preciso estender a comunicação para além das assembleias. Utilize redes sociais, murais informativos, alertas em ambientes comuns, entre outros. É necessário difundir informações essenciais sobre boas práticas para economizar energia de modo que envolva toda a comunidade condominial
Instalação de sensor de movimento
Com sensores de movimentos é possível evitar que corredores e áreas comuns, como piscina e garagem fiquem com luzes acesas o dia inteiro. O ambiente só será iluminado quando pessoas, animais ou viu isso estiverem circulando pelo espaço.
Esta prática ajuda tanto no consumo de energia, quanto na segurança do local. Afinal, quando as luzes acenderem os moradores saberão quando alguém está no local.
Energia solar nos ambientes comuns
O uso da energia solar pode reduzir em até 95% o valor da conta de luz do condomínio.
A transição de luz solar para energia feita através das placas pode ser utilizada no abastecimento das áreas comuns do local, já que os painéis solares podem ser instalados no telhado de ambientes como quadras, salões de festas ou estacionamento. Essa solução tem ganhado cada vez mais espaço por ser uma ferramenta de grande valor não apenas na economia de energia elétrica, mas também na preservação dos recursos naturais.
Use lâmpadas de baixo consumo e luzes de emergência
Por terem um baixo consumo e tempo de duração prolongado, Auton também recomenda a substituição de lâmpadas fluorescentes por similares de LED. Além disso, a escolha de equipamentos utilizados com classificação A no programa de etiquetagem do Inmetro também será benéfica para o consumo consciente de energia elétrica no condomínio.
Outro método criado para um novo tipo de consumo de energia e economia, foi a tarifa branca, desenvolvido pela Aneel, o projeto foi validado em 2018.
A tarifa calcula o valor de energia gasto conforme o horário e dia consumido, sendo baseado em valores pré-definidos.
Existem três tipos de faixa de horário, sendo elas: ponta, intermediário e fora de ponta. Sendo o primeiro, ponta, o seu período de tarifa mais caro e fora de ponta o mais barato.
Para o consumidor saber se a tarifa branca é uma boa forma para ele, é preciso fazer uma análise de consumo, o site Idec disponibiliza uma ferramenta para descobrir se pode ser uma opção vantajosa ou não.