O recente caso que culminou nas mortes da modelo Lidiane Lourenço e da filha, Miana Santos, em um apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste, no último dia 9 de outubro, reacendeu o alerta sobre a importância da autovistoria predial.
O laudo da Polícia Civil confirmou que as vítimas foram intoxicadas por monóxido de carbono, resultado de irregularidades nas instalações de gás do imóvel. O episódio evidencia o quanto inspeções preventivas podem ser decisivas para evitar acidentes fatais.
Segundo David Gurevitz, diretor do Grupo Delphi, engenheiro e especialista em manutenção predial, a autovistoria é uma ferramenta indispensável para a segurança das edificações.
“É fundamental que os condomínios estejam com a autovistoria em dia em suas instalações. As inspeções frequentemente identificam rachaduras, vazamentos ou problemas nos sistemas de gás, elétrico e de prevenção de incêndio, que podem colocar vidas em risco”, explica o engenheiro.
Prevista na lei municipal nº 6400/2013 do Rio de Janeiro, a autovistoria deve ser realizada por engenheiros ou arquitetos credenciados, que avaliam as condições de conservação, estabilidade e segurança de edifícios residenciais, comerciais e mistos. Durante a vistoria, são identificadas falhas estruturais e problemas em sistemas críticos, como instalações de gás, elétricas e hidráulicas, além de elementos de prevenção e combate a incêndios.
Gurevitz ressalta que a manutenção preventiva é o caminho mais eficaz para evitar tragédias: “A vistoria não deve ser vista como uma obrigação burocrática, mas como um investimento em segurança. Manter as edificações em boas condições é proteger vidas e preservar o patrimônio coletivo.”
Além de atender às exigências legais, a autovistoria ajuda a prolongar a vida útil das edificações, reduz os custos com emergências e contribui para um ambiente urbano mais seguro e sustentável.
