Os sistemas de climatização estão evoluindo com tecnologias que tornam os ambientes mais agradáveis e eficientes. Sensores e controladores avançados, automação residencial e controle remoto por aplicativos são exemplos de facilidades que permitem ajustes automáticos que oferecem conforto personalizado e economia de energia.
Um estudo publicado na revista Millenium revelou que soluções baseadas em Internet das Coisas (IoT) podem reduzir o consumo energético em até 30%. Essas tecnologias são especialmente úteis em edifícios comerciais e residenciais, onde o uso eficiente de energia é uma prioridade.
Patrick Galletti, engenheiro de climatização e CEO do Grupo RETEC, destaca que a tecnologia vai além de simplificar o uso. “A inteligência nos sistemas permite analisar dados do ambiente e sugerir mudanças que os usuários talvez não percebam. É possível, por exemplo, identificar quais horários o consumo de energia é maior e ajustar o funcionamento para evitar picos desnecessários, o que também ajuda na sustentabilidade”, exemplifica.
No dia a dia, essas tecnologias são uma solução prática. Controladores podem desligar o ar-condicionado quando os sensores detectam que o ambiente está vazio, ou ajustar a temperatura conforme o horário. A integração com assistentes virtuais, como Alexa ou Google Assistant, facilita o controle, permitindo comandos de voz para alterar o clima de qualquer lugar e a qualquer momento.
Espaços comerciais também saem ganhando. Escritórios utilizam a automação para equilibrar o clima em áreas diferentes, evitando o uso excessivo de energia. O número de pessoas que circulam por cada ambiente ou a presença de máquinas específicas em salas de controle irão determinar a temperatura ideal. Restaurantes e lojas adotam sistemas que garantem ambientes agradáveis para os clientes, enquanto economizam com ajustes automáticos durante períodos de menor movimentação.
Patrick Galletti ressalta que o impacto dessas tecnologias não se limita apenas à economia de energia. “A climatização inteligente tem permitido que gestores e moradores entendam melhor o comportamento dos ambientes onde vivem ou trabalham. Essa análise detalhada ajuda a planejar soluções mais adequadas, como a redistribuição do uso de equipamentos ou melhorias na ventilação, que antes não eram tão evidentes”, explica.
Além do conforto e da economia, a manutenção preditiva é outro destaque. Com sensores inteligentes, os sistemas detectam possíveis falhas antes que se tornem problemas maiores. Isso reduz custos com consertos e aumenta a vida útil dos equipamentos. “Saber que o sistema está operando de forma confiável traz mais tranquilidade, além de evitar surpresas desagradáveis”, complementa o especialista.
A preocupação com a qualidade do ar também está em alta. Sensores que identificam aumento nos níveis de CO₂ ou partículas no ar podem acionar sistemas de ventilação automaticamente, garantindo um ambiente mais saudável. Essa funcionalidade é especialmente importante em espaços compartilhados, onde a circulação de ar adequada faz toda a diferença.
Para Galletti, essas inovações representam uma nova fase para a climatização. “Esses sistemas não são apenas mais eficientes, mas também mais inteligentes. Eles tornam os espaços mais funcionais e confortáveis, mostrando que é possível aliar tecnologia, economia e sustentabilidade”, conclui.