Inteligência artificial, economia de energia, menor impacto ambiental, maior agilidade, gerenciamento de tráfego, entre outras coisas. Essas são algumas das características que compõem os elevadores inteligentes, ainda novidade na maior parte dos condomínios residenciais, mas já comuns em condomínios comerciais.
Isso porque os elevadores inteligentes, até mesmo os modelos mais básicos, focam em garantir eficiência no transporte de pessoas entre os andares. Afinal, quem nunca viu um elevador sem teclado numérico? Uma das formas de elevadores inteligentes mais conhecidas e visíveis para a sociedade é o elevador com teclado numérico externo, que torna o gerenciamento de tráfego mais eficiente.
“O ritmo da digitalização está avançando mais rápido do que nunca. Por sua vez, nossas ofertas de produtos e a forma como estamos prestando serviços também se converteram para um modelo e um ecossistema mais digital. O Elevador Conectado é o futuro e à medida que avançamos em nossas iniciativas de digitalização, estamos trazendo algumas plataformas e tecnologias muito interessantes para o mercado global”, explicou Fernando Peiter, diretor de Marketing e Vendas da Otis para América Latina.
A Otis é uma das maiores empresas em termos de elevadores do mundo, atuando há quase 170 anos no transporte de pessoas em cidades verticais. Segundo Peiter, mais de 2 bilhões de pessoas por dia, em todo o mundo, utilizam os elevadores da marca. Atendendo diferentes tipos de clientes, a empresa chama os seus elevadores inteligentes de “elevadores conectados”, destacando a conexão do transporte.
Ao ser questionado sobre os modelos de elevadores inteligentes existentes no mundo, Fernando Peiter citou diferentes elevadores, com os mais diversos sistemas. Ademais, anunciou que, em breve, o Brasil e a América Latina contarão com a plataforma Otis ONE, que promete ainda mais conectividade.
“Nosso maior lançamento recente no Brasil foi o eCall™ Plus, uma solução touchless inteligente. O produto reafirma o nosso compromisso com a saúde, inovação e segurança dos clientes e passageiros. Depois de instalado, o eCall é ativado automaticamente via Bluetooth® conforme os passageiros se aproximam do elevador, e facilmente o elevador pode ser chamado pelo celular, ou seja, não há mais necessidade de apertar as botoeiras de andar para chamar o elevador, nem indicar o andar de destino no painel de operação da cabina, tudo é feito pelo app para reduzir o tempo de espera, criando uma experiência mais ágil e sem necessidade de tocar nos botões dos equipamentos”, destacou o diretor da Otis, citando um dos mais inovadores modelos da empresa a estar disponível no Brasil.
As funcionalidades para tornar os elevadores mais inteligentes e responsivos são diversas, indo desde o que podemos ver e tocar até inteligências artificiais, que recolhem os dados de utilização dos transportes para aprimorar o uso em condomínios. Inclusive, as inteligências artificiais também são usadas para melhorar a relação de elevadores com a manutenção, permitindo uma análise em tempo real sobre os dados técnicos para que os profissionais possam avaliar e identificar possíveis problemas.
Fernando Peiter, inclusive, citou diferentes tipos de sistemas e funções operacionais que aprimoram a eficiências dos elevadores. Isso porque, esses sistemas permitem coleta de dados e análise de desempenho, oferecendo um maior controle de gerenciamento dos elevadores. Ademais, há outros sistemas que proporciona menor tempo de deslocamento, agrupando passageiros que tenham o mesmo destino em apenas uma cabine de elevador. Para isso, esses sistemas contam com algoritmos melhorados, além de novas opções de acabamento, sinalização e tecnologia touch.
“Hoje temos um portfólio abrangente de elevadores, divididos em baixo, médio e alto percurso. Para edifícios de baixo percurso, ou seja, com até cinco andares, nossas soluções compactas com e sem casa de máquinas, proporcionam economia de espaço no projeto. E, claro, é importante esclarecer que baixo percurso não significa menor qualidade. Econômico e eficiente, o nosso Gen2® Light Plus é uma excelente opção para projetos residenciais e comerciais de baixo e médio percurso”, explicou Peite.
Demonstrando que os elevadores inteligentes também podem ser utilizados em prédios antigos, o diretor da Otis explicou que elevadores mais velhos podem ser renovados e novas funções podem ser aplicadas a eles. Dessa forma, é possível renovar botões e sinalizações, além de implementar uma melhor tecnologia e aprimorar o gerenciamento de destino. Até mesmo sistemas que permitem a chamada de elevadores por meio de aplicativos podem ser usados para modernizar.
“Para elevadores com mais de dez anos, a modernização pode ser uma ótima solução para proporcionar viagens mais confortáveis e silenciosas, com equipamentos com controle micro processado, o que ajuda a reduzir a incidência de chamados técnicos, além de proporcionar economias significativas no consumo de energia elétrica. Por um valor significativamente menor que o de um novo elevador, a modernização proporciona estes benefícios quando o equipamento começa a perder o brilho e o desempenho”, afirmou.
Economia e manutenção
Todas as funcionalidades de elevadores inteligentes levam o condomínio a economizar energia elétrica, o que reduz o impacto do uso dos transportes no meio ambiente. Isso porque, os elevadores tendem a utilizar inteligência artificial para reduzir tempo e trajeto de viagens, excluindo viagens desnecessárias. Ademais, há modelos de elevadores que usam cintas mais leves, no lugar de cabos de aço, e drives regenerativos, permitindo a redução do consumo de energia em até 75%, conforme destacou o diretor da Otis.
“O drive ReGen® possibilita que a energia desperdiçada como calor em sistemas tradicionais possa realimentar a rede elétrica interna do edifício e reutilizada para a iluminação elétrica, ar condicionado, computadores e outros equipamentos. O que antes era desperdício, torna-se geração de energia”, apontou, citando um drive utilizado pela empresa.
Por fim, ao ser questionado sobre a manutenção dos elevadores inteligentes, Fernando Peiter comparou o transporte a carros, explicando que, assim como o automóvel, os elevadores precisam de revisões periódicas para manter o funcionamento correto. Seguindo as normas, como a NBR 16.083, cumprindo diferentes ações, como limpeza, troca de peças e lubrificação dos elevadores, é possível estender a vida útil do transporte.
“Depois que o elevador é instalado, é preciso uma série de cuidados para garantir o seu bom funcionamento. Sem dúvidas, o mais importante é a realização da manutenção preventiva e periódica para garantir que os devidos ajustes sejam feitos, além de uma vistoria completa uma vez ao ano. Como o próprio nome sugere, esse tipo de manutenção serve para garantir que todos os componentes estão funcionando como deveriam e, se necessário, realizar reparos, ajustes ou alguma troca de peça. Já a manutenção corretiva acontece quando o elevador está fora de serviço por questões técnicas e precisa ser consertado o mais breve possível”, finalizou.