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    Home»Inovação e Tecnologia»Energia geotérmica pode substituir ar-condicionado?
    Inovação e Tecnologia

    Energia geotérmica pode substituir ar-condicionado?

    23 de junho de 20225 Minutos
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    Esse mês celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, no dia 5 de junho. A cada ano que passa, esse dia tem sido cada vez mais destacado, não ficando apenas em celebrações, mas em ações. Prova disso são os mais recentes estudos e adaptações sobre utilização de energias renováveis para reduzir o impacto negativo no meio ambiente. Um desses estudos é sobre a energia geotérmica.

    As mudanças climáticas proporcionam temperaturas mais extremas, tanto positiva quanto negativamente. Por isso, é normal que sejam utilizados condicionadores de ar em áreas comuns de condomínios. Estudos demonstram que o consumo de ar-condicionado em edifícios deve triplicar até 2050, caso nenhuma ação seja tomada. A maior utilização do aparelho aumenta o uso de energia elétrica, fazendo crescer, assim, o impacto no meio ambiente.

    Devido a isso, pesquisas recentes exploram possibilidades do uso de energia geotérmica para o resfriamento dos ambientes de edificações. Um desses estudos é liderado pelo professor Alberto Hernandez Neto, do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI USP). O professor estuda o potencial uso de energia geotérmica para o resfriamento, levando em consideração o impacto que as mudanças climáticas têm sobre a demanda por ar-condicionado.

    A energia geotérmica é originária do calor proveniente da Terra. Segundo o professor, a utilização da geotermia leva em consideração a temperatura do solo. Em casos de média e alta temperatura (acima de 100ºC), a energia pode ser mais utilizada em processos industriais e de produção de energia. Já em casos de temperaturas baixa e ambiente (abaixo de 100ºC), a utilização da energia é mais aplicada a usos recreativos, como águas termais. Hernandez Neto completa ainda que, devido às formações hidrogeológicas do território brasileiro, o maior potencial é para aplicações de energia geotérmica de baixa temperatura e temperatura ambiente.

    “A aplicação de baixa temperatura está relacionada ao uso recreativo e pode-se citar a região de Caldas Novas, no estado de Goiás, conhecida pelos resorts com piscinas e fontes naturais de água quente. Já a aplicação de temperatura ambiente está associada aos sistemas de resfriamento geotérmico. Em estudo recentemente realizado, verifica-se que as regiões Sul e Sudeste possuem o maior potencial para a utilização de climatização de edificações residenciais e comerciais, proporcionando reduções significativas de consumo de energia elétrica e de água”, contou o professor em uma conversa com Diana Csillag, coordenadora executiva do Centro de Inovação em Construção Sustentável (CICS) da USP.

    O professor defende a exploração de mais estudos para mitigar o aumento do uso do ar-condicionado em função das mudanças climáticas. Isso porque, segundo Hernandez Neto, os sistemas de ar-condicionado podem corresponder a 40, 50% do consumo total em edificações climatizadas. O consumo, no Brasil, porém, pode quadriplicar devido às mudanças climáticas.

    No entanto, um grande obstáculo para a disseminação da tecnologia para utilizar energia geotérmica para a climatização de ambientes é o alto custo inicial. Ademais, é somado a esse custo os valores de tarifas de energia elétrica e água. Com isso, o retorno só é tido em cerca de 10 anos.

    Para ter maiores informações sobre os avanços dos estudos sobre a aplicação da energia geotérmica para a climatização de ambientes condominiais, a Condo.News conversou com o professor Alberto Hernandez Neto. Confira abaixo como foi o bate-papo.

    Condo.News (CN): Como funciona a aplicação de energia geotérmica para o resfriamento de ambientes?

    Alberto Hernandez Neto (AHN): Sistemas de climatização com resfriamento geotérmico permitem rejeitar o calor retirado dos ambientes climatizados para o solo. A grande vantagem de rejeitar o calor para o solo está no fato que o solo tem uma temperatura estável e mais baixa que o ar exterior. Isto promove um aumento significativo na eficiência do sistema de climatização, reduzindo assim o seu consumo comparado com um sistema convencional.

    CN: Quando poderemos ver este tipo de energia sendo comercializada?

    AHN: No Brasil, já foram feitos alguns projetos de pesquisa para avaliar o potencial do uso de resfriamento geotérmico no Brasil. Já na Europa e Estados Unidos, este sistema já tem um uso mais amplo e já se consolidou como uma alternativa tecnológica para redução de consumo de ar-condicionado em edificações.

    CN: Qual é o impacto deste tipo de ação no meio ambiente?

    AHN: Devido à redução de consumo de ar-condicionado, o impacto ambiental é alto, pois reduz a emissão de carbono durante a operação da edificação, que é a maior parcela de emissão de carbono durante avida útil de uma edificação.

    CN: Qual é o custo inicial? Em quanto tempo haveria o retorno do investimento?

    AHN: Sistema de resfriamento geotérmico podem ser de 3 tipos: horizontal, vertical ou de aquífero. De forma geral, o sistema horizontal é mais barato dos 3, porém ele necessita de uma área superficial maior para sua implantação. O custo do sistema vertical é bem mais alto, pois exige a perfuração de poços no solo, mas que pode ter uma área superficial menor. Já para o sistema de resfriamento com aquífero tem um custo de implantação médio, mas tem uma limitação de impacto ambiental pois promove um aumento da temperatura do aquífero que tem limitações pela agência ambiental.

    CN: É possível que esse tipo de energia seja implantado em condomínios residenciais?

    AHN: A implantação de sistema de resfriamento geotérmico em edificações residenciais e/ou comerciais passa por uma análise técnica e econômica para que ele se torne viável. Esta tecnologia já é colocada no Plano Decenal de Energia da ANEEL como alternativa para mitigar o impacto no aquecimento global e deve ser avaliada para que efetivamente se torne uma alternativa adequada para as condições climáticas e econômica no Brasil.


    Henrique Schmidt

    Jornalista com sete anos de mercado e especialização em Comunicação Empresarial
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    Alberto Hernandez Neto Climatização condomínio Energia geotérmica energia renovável Manutenção Predial Meio Ambiente Mudanças Climáticas sustentabilidade sustentabilidade em condomínios tecnologia USP
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