Amanhã, dia 15 de julho, a partir das 9h, a CMI/Secovi-MG (Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato da Habitação de Minas Gerais) vai realizar o painel presencial “Condomínio e Carro Elétrico: O conflito chegou primeiro que a lei”, na sede da entidade (Rua Sergipe, 1000 – Savassi, Belo Horizonte). O evento é gratuito, com vagas limitadas, e as inscrições podem ser feitas na plataforma Sympla.
O encontro tem como foco discutir, de forma prática e multidisciplinar, os desafios enfrentados por condomínios residenciais e comerciais diante da crescente demanda por pontos de recarga de veículos elétricos, em um cenário ainda sem regulamentação legal clara. O painel reunirá especialistas das áreas jurídica, técnica e condominial, com o objetivo de tornar o debate abrangente e aplicável à realidade dos condomínios. Entre eles estarão o engenheiro eletricista Franz Strobel, com 11 anos de experiência na Cemig; o diretor da Área Imobiliária do Sinduscon-MG, André Clementino, representante do Conselho Consultivo Contra Incêndio e Pânico do Estado; o líder da Carregar, Guilherme Favato, especialista em recarga de veículos elétricos; e o advogado especializado em Direito Condominial, Fábio Barletta. Representando a CMI/Secovi-MG, estará Marcela Nery, diretora da área das Administradoras de Condomínio.
Segundo Marcela Nery, a ideia do painel surgiu a partir da percepção de que a demanda chegou antes da norma. “Em muitos condomínios, os moradores já buscam soluções improvisadas, como extensões descendo pelas janelas para carregar o carro na rua. A ausência de legislação tem levado síndicos a tomar decisões urgentes, muitas vezes sem respaldo técnico ou jurídico”, afirma.
Marcela explica que o tema é sensível, porque envolve custos, riscos e impactos coletivos. Ela ressalta que os síndicos estão no centro de um impasse que exige bom senso, orientação especializada e, acima de tudo, diálogo. “Qualquer escolha mal planejada pode gerar conflitos internos e comprometer a segurança das instalações. Nosso objetivo é oferecer caminhos possíveis, mesmo antes da chegada de uma regulamentação definitiva”, destaca.
Ainda de acordo com a diretora da CMI/Secovi-MG, é essencial que o setor se antecipe. “Com organização e apoio técnico, é possível criar critérios internos, definir diretrizes básicas e minimizar riscos enquanto o marco legal não é definido. Embora as soluções definitivas ainda dependam da legislação, o planejamento já pode, e deve, começar agora.”
Marcela ressalta a relevância do conteúdo para quem já está sendo pressionado a decidir. “Queremos trazer clareza para os profissionais que estão na linha de frente dessa transição. Não temos todas as respostas, mas podemos construir boas soluções a partir da troca de experiências e da escuta qualificada”, complementa.