Um recente estudo elaborado pelo DataZAP+, empresa de análise de mercado imobiliário, identificou que o fator segurança ainda continua sendo fundamental para a escolha de um imóvel, principalmente quando se trata do público da classe A das capitais brasileiras. Dessa forma, muitos compradores acabam optando pela compra de imóveis em condomínios, dado ao fato que a estrutura, além de oferecer mais conforto, promove segurança aos moradores.
Condomínios, por sua vez, são ambientes multifacetados e complexos, onde residências privadas são compartilhadas por meio de áreas comuns. Esta teia social possui regulamentação própria, baseada na Constituição Federal, Código Civil, legislações estaduais e municipais, convenções, regimentos internos e decisões de assembleias. Portanto, a tarefa dos responsáveis pela segurança dos moradores e empreendimento é algo igualmente difícil.
E o tema segurança tem sido parte importante da pauta de reunião dos condomínios que vêm sofrendo com a percepção de insegurança agravada pelo imaginário público, que é potencializada pela precarização das atividades do meio privado. Neste sentido, podemos constatar que somente o conceito baseado no trinômio ‘pessoas, tecnologia e procedimentos’ já não é mais suficiente para manter os condôminos a salvo, sendo necessária e urgente uma nova abordagem, que deva considerar conceitos empresariais, tais como a gestão orientada por dados e resultados.
Os síndicos destes espaços precisam compreender a importância de contar com uma consultoria de gestão de segurança que, por meio do trabalho de Inteligência e orientação estratégica dos dados, possa harmonizar relações e minimizar possíveis conflitos de interesses existentes entre empresas de segurança privada, moradores e organizações de monitoramento e segurança eletrônica.
A gestão de segurança orientada por dados pode ser um aliado extremamente importante na otimização de recursos humanos e tecnológicos, por exemplo. Por meio dela, é possível criar tendências, predições, identificar oportunidades devido às sazonalidades dos crimes cometidos nos arredores de determinados condomínios, tornando a segurança patrimonial uma função preventiva e proativa, focada nas necessidades dos moradores e do condomínio.
Sabemos que a atratividade, vulnerabilidade e ameaças são componentes muito importantes na escolha de um alvo por parte dos criminosos. Dessa forma, é interessante conhecer a probabilidade de risco do seu empreendimento em relação ao do segmento condominial, analisando a mesma região do condomínio.
A consciência do risco é um fator importante na educação coletiva e na gestão da mudança, além de, obviamente, uma análise de riscos e um diagnóstico de segurança que contenham recomendações de mitigação de perigos. Esses estudos precisam ser pautados em inteligência de dados, na identificação e correção de vulnerabilidades, bem como no relacionamento institucional com órgãos de segurança pública, tudo isso com a finalidade de neutralizar possíveis ameaças.
A implantação de um processo de gestão da qualidade, centrada na realização independente de inspeções, além de auditorias de segurança física e eletrônica, baseado no equilíbrio entre os pilares tecnologia, pessoas e processos, pode ser o suficiente para elevar o nível de maturidade de segurança dos condomínios residenciais. E, assim, trazer a tranquilidade que famílias precisam nos dias de hoje.
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*Por Anderson Hoelbriegel é diretor de negócios da ICTS Security, consultoria e gerenciamento de operações em segurança.