“Inadimplência, taxas condominiais, administração e boletos bancários” são os termos de pesquisas mais buscados no Google quando falamos em condomínios, e também os mais debatidos entre moradores. Além de questões que envolvem a gestão administrativa e financeira, há problemas que envolvem a comunicação entre vizinhos, como em casos de desentendimento ou mau comportamento dentro do condomínio. Hoje já existe uma tecnologia que assegura que todas essas situações podem ser evitadas quando todos sabem seus direitos e deveres: a Sindy, Inteligência Artificial (IA) da uCondo, startup especializada em plataforma para gestão de condomínios, que já atende 5,5 mil condomínios e tem 510 mil usuários em seu app.
Como assistente virtual, o grande diferencial da Sindy é ser capaz de responder a questões específicas de um condomínio. Para isso, a pessoa pode subir um arquivo ou mensagem com as informações do regulamento interno, de maneira que suas dúvidas serão respondidas de acordo com o que vale no condomínio, considerando que cada um pode ter regras diferentes, seja sobre pagamentos, animais de estimação, reserva de espaços ou entrada de visitantes, por exemplo. A Sindy é uma IA pública, ou seja, não é necessário cadastro na plataforma uCondo para utilizar suas funcionalidades. Basta contatá-la pelo WhatsApp, de forma gratuita
Além disso, ela tem uma atualização de dados constante, a cada atualização, permitindo que seu aprendizado evolua continuamente para oferecer respostas mais precisas e contextualizadas.
“O treinamento da Sindy para a compreensão das regras de cada condomínio é um grande avanço para o serviço de atendimento dentro do segmento condominial. É só mandar o documento do estatuto do condomínio por WhatsApp, como fazemos em nossas conversas cotidianas”, comenta Marcus Nobre, cofundador e CEO da uCondo. “A Sindy também é capaz de compreender fotos e áudios, como qualquer contato da nossa agenda. Ela dá respostas para qualquer pergunta em segundos”, acrescenta.
Para solucionar problemas próprios de cada condomínio, a assistente virtual se baseia também na Lei dos Condomínios (Lei nº 4.591/64) e outras legislações correlatas, “além de ser treinada para utilizar do bom senso em situações conflitantes que não estejam descritas também na Código Civil l”, ressalta Marcus.
Essa sensibilidade da Sindy pode ser explicada por sua capacidade de aprendizado que a torna uma ferramenta mais complexa do que chatbots, por ter um escopo de interação que ultrapassa tarefas predefinidas (no caso, perguntas e respostas), e pela capacidade de compreender o contexto das perguntas, imagens e áudios, podendo assim personalizar a resposta de acordo com cada situação.
DNA tech
A tecnologia por trás da assistente virtual é baseada em uma camada de inteligência proprietária da uCondo, uma IA desenvolvida para atender síndicos, administradoras de condomínios e moradores. Diferente das soluções tradicionais do mercado, que geralmente utilizam tecnologias diretas e abertas de gigantes da tecnologia como Gemini e Chatgpt, “a Sindy emprega uma camada personalizada de LangChain, AI Agents e RAG, o que eleva sua precisão e capacidade de adaptação às necessidades específicas dos condomínios”, explica o executivo.
Para atingir esse nível de especialização, a camada de LangChain da Sindy foi construída com base em um amplo conjunto de dados exclusivos da uCondo, incluindo mais de 1 mil perguntas reais e interações de seus 500 mil usuários, além de conteúdos próprios da empresa, como artigos de blog e publicações em redes sociais.
“Esse treinamento faz com que a Sindy compreenda as demandas reais e diárias dos condomínios, permitindo respostas mais assertivas e contextualizadas, tanto em temas regulamentares quanto em dúvidas cotidianas”, diz Nobre. Dentro dos condomínios da proptech, a Sindy já ganhou a confiança tanto dos síndicos quanto dos moradores.
Indústria em expansão
A adoção de tecnologias como inteligência artificial, blockchain e análise de big data, vem crescendo globalmente para indústria de tecnologia imobiliária (proptechs), com projeções de vendas de 86,5 bilhões de dólares até 2032, impulsionado por um crescimento anual composto (CAGR) de 16,8% durante esse período. A expectativa para o fechamento de 2024 é de um crescimento anual de 14,5%. Os dados são do Future Market Insight.
O setor de proptechs tem avançado significativamente no uso de IA conversacional, indo além das funcionalidades básicas de atendimento ao cliente, desenvolvendo assistentes virtuais especializados que não apenas respondem a perguntas, mas também utilizam grandes volumes de dados para oferecer suporte proativo, previsões sobre manutenção e até otimização de processos de gestão de imóveis e condomínios.
No Brasil, há 1.209 startups no segmento de construtechs e proptechs, refletindo um aumento de 13,5% em relação ao ano anterior, sinaliza o Mapa das Construtechs e Proptechs 2024, desenvolvido pela Terracotta Ventures. Essas empresas empregam cerca de 22 mil pessoas, com uma concentração predominante no Sudeste (46,6%) e Sul do país, com destaque para São Paulo, Santa Catarina e Paraná.
“As IAs conversacionais nas proptechs estão sendo projetadas para “aprender” com interações passadas, criando uma memória contextual que permite respostas mais personalizadas e adaptadas às necessidades dos usuários. Isso oferece um valor agregado ao setor imobiliário, com uma experiência mais ágil e eficiente tanto para os administradores quanto para os residentes, contribuindo para uma gestão mais integrada e menos burocrática”, finaliza Marcus.