No contexto pós-pandemia, as novas regras de trabalho, que permitem a atuação remota, são uma das principais tendências que afetam o mercado imobiliário, já que há uma relação clara entre a forma como vivemos e trabalhamos. Esta busca pela flexibilidade se adapta ao perfil de consumidor que não se interessa em adquirir um imóvel.
Uma pesquisa da Agência Today mostrou que 80% dos jovens entre 25 e 39 anos preferem alugar um imóvel a comprá-lo. “O brasileiro está refletindo sobre as vantagens de viver de aluguel. Ainda há uma carga cultural grande para compra, mas muitos já perceberam que a aquisição nem sempre é a melhor opção”, diz o Diretor de Operações da incorporadora e gestora imobiliária Greystar, Cristiano Viola.
Este novo cenário está fazendo com que muitas empresas apostem em empreendimentos voltados exclusivamente à locação, a exemplo do que já ocorre nos Estados Unidos, Europa e Ásia. “Estamos falando de um tipo de serviço muito comum no resto do mundo que está sendo tropicalizado. Uma nova forma de morar, que é uma consequência da forma como trabalhamos e estamos vivendo”, ressalta Viola.
De acordo com ele, o objetivo desses empreendimentos é oferecer o melhor lugar possível para viver bem – incluindo áreas para home office, seja no espaço privativo ou nos coworkings. “Toda a infraestrutura desenvolvida é baseada nos hábitos de consumo e demandas da população local. No Brasil, além das tradicionais áreas comuns, os projetos tendem a garantir studio de podcast, área pet com pet wash, salas de spining e yoga e até mesmo o espaço para o churrasco”, esclarece.
A tendência é que os projetos de locação flexível ataquem justamente as novas demandas da sociedade, como a locação temporária de maneira simples e profissional dentro deste contexto de trabalho dinâmico. “Nessa nova realidade, muitas pessoas buscam lugares para viver sem a obrigação de fazer um contrato de 30 meses. Na Greystar, a duração de cada contrato é variável, de acordo com a necessidade do cliente”, explica o Diretor de Operações da Greystar, Cristiano Viola
Os apartamentos nesse formato são entregues no padrão americano: com marcenaria de cozinha e banheiro, geladeira, forno, cooktop, depurador, micro-ondas, máquina lava e seca e ar-condicionado central. Existe ainda a possibilidade de optar por imóveis mobiliados. “Esse segmento é bastante consagrado em mercados internacionais. No Brasil, apesar de ainda ser recente, já está ganhando bastante força e tende a crescer cada vez mais por facilitar a vida dos moradores”, finaliza Viola.