Janeiro foi um mês de grandes movimentações para a indústria brasileira. Em Brasília, além da aprovação da nova política industrial pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), o presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, também assinou o decreto da Estratégia Nacional de Disseminação do Building Information Modelling (BIM) no Brasil.
A estratégia planeja promover um ambiente adequado ao investimento em BIM e à sua difusão no país. A Modelagem da Informação da Construção – em tradução para o português – é um conceito internacional para indicar um conjunto de processos e tecnologias que permitem aprimorar todas as etapas de uma edificação. O BIM simula a construção, com todos os elementos envolvidos, antes mesmo do início das obras, aumentando a confiabilidade nas estimativas de preços, no cumprimento de prazos e na integração dos diversos profissionais. Em última instância, permite uma construção civil mais inteligente, produtiva e econômica, além de contribuir para a descarbonização do setor.
A partir do novo método BIM BR, o Governo Federal retoma e atualiza ações e diretrizes da política lançada em 2018, que entre os principais objetivos estão a difusão do BIM e seus benefícios, o apoio à estruturação do setor público federal, estadual e municipal para adoção do método, além do estímulo à capacitação e formação tecnológica.
Segundo Adryelle Pedrosa, gerente de Transformação Digital da ABDI, um grande salto de produtividade poderá ser notado com a implementação plena do novo método, onde acredita-se que as empresas de construção aumentarão em 10% sua produtividade até 2028.
As ações previstas no Decreto nº 11.888/2024 fazem parte das iniciativas da Nova Indústria Brasil, com o propósito de fortalecer as cadeias produtivas nacionais de construção e obras de infraestrutura com o uso de sistemas construtivos digitais. Além de prevista na nova política industrial, a Estratégia BIM BR também consta no Novo PAC, que prevê o uso do BIM em obras estratégicas.