Dois estudos recentes reforçam o que já está se vendo na prática, no dia a dia do mercado da construção. O conceito de morar tem se aprimorado e está cada vez mais voltado a casas e edifícios com soluções ecofriendly, cujos projetos estão ainda mais customizados e seguem uma linha de versatilidade para atender a demanda do dia a dia das famílias. Itens de sustentabilidade como ambientes mais arejados e em contato com a natureza fazem a diferença na decisão de compra do consumidor. E também já impactam no aspecto decisório do mercado corporativo.
Segundo relatório da consultoria PwC, divulgado em outubro, 79% dos investidores consultados afirmam que as práticas ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), que em tradução literal significa Ambiental, Social e Governança Corporativa, afetam as tomadas de decisão sobre seus investimentos. “Isso faz com que a sociedade como um todo saia ganhando, já que para atender os anseios do mercado, as empresas buscam se moldar cumprindo as práticas ambientais, sociais e de governança”, destaca a sócia-diretora da Edificart e arquiteta com especialização em Tecnologia em Materiais e Técnicas Construtivas, Thaisa Nascimento Corrêa. Além desse elevado índice, há outro que já chega próximo aos 50% de entrevistados, que alegam optar por retirar recursos de companhias que não realizam medidas concretas conectadas a esses princípios.
O que o brasileiro quer?
Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), as exigências que pesam na hora da decisão pela aquisição do imóvel são:
- Uso de energia solar, com 66% dos entrevistados dispostos até a pagar mais por isso;
- Espaços arejados e integrados com a natureza;
- Tecnologia de conectividade;
- Reuso da água da chuva.
O estudo também mostra que o brasileiro tem priorizado por apartamentos. Esta escolha está em alta e responde por 47% das vendas. Do total, 70% querem o imóvel para usar como moradia. E a decisão de compra é baseada principalmente na localização do imóvel (81%), no preço (70%) e na segurança dos arredores (43%). Com isso, sejam ou síndicos de condomínios verticais devem implementar ações sustentáveis neste espaço.