A instabilidade econômica vivida nos dois últimos anos colocou a saúde financeira dos condomínios em xeque, levando síndicos a procurarem soluções para manter o condomínio em pleno funcionamento, com as contas quitadas e a infraestrutura em pleno funcionamento. E o resultado disso foi o crescimento das fintechs, que são empresas que utilizam tecnologia para gerar soluções inovadoras de produtos e serviços do mercado financeiro.
A performance dessas startups, que atuaram diretamente em uma dor latente do mercado, chamou a atenção de investidores. Segundo o ‘Mapa de Construtechs & Proptechs 2022’, estudo realizado pela — empresa de venture capital da América Latina dedicada aos mercados imobiliário e de construção civil – as Real Estate Fintechs está no grupo das que mais receberam aporte de capital, acompanhada pelas Real Estate as a Service (REaaS) e as de transações imobiliárias digitalizadas.
As Real Estate Fintechs representam 11.6% das startups early stage (em estágio inicial) mapeadas no estudo e, juntas, levantaram 16.6% do R$ 5.83 bilhões movimentados nas rodadas de investimento em startups dos setores de construção civil e mercado imobiliário entre maio de 2021 e maio de 2022.
Como essas startups impactam o mercado condominial?
As Real Estate fintechs são startups que oferecem serviços financeiros desde o momento da construção do imóvel até a hora da utilização, facilitando o processo de compra ou aluguel de um imóvel, cedendo empréstimo para condomínios ou antecipando os recebíveis para fornecedores e prestadores de serviço para o mercado condominial. Para saber mais sobre como elas funcionam, você pode ler a matéria exclusiva que publicamos na nossa revista, que pode baixar gratuitamente clicando aqui.
Já as Real Estate as a Service são startups que unem a administração de condomínios e imóveis à experiência dos clientes nesses espaços, como acontece na Housi, com moradias compartilhadas – que inclusive foi tema de matéria aqui – ou em coworkings como o WeWork e Regus, por exemplo.
Enquanto as startups de transações imobiliárias digitalizadas atuam utilizando a tecnologia para otimizar processos, desde a identificação de compradores em potencial para um lançamento imobiliário a gestão de um condomínio.
Conheça algumas fintechs do setor condominial
Para te ajudar a conhecer mais sobre as startups que oferecem soluções financeiras para o mercado condominial, mapeamos três soluções que atuam em diferentes frentes:
CashMe: uma fintech especialista em home equity com serviços voltados para condomínios, como o CashMe Condo, que surgiu com o objetivo de viabilizar projetos em prol da vida útil das edificações e da qualidade de vida de seus moradores. Para isso, a empresa oferece taxas a partir de 1,35% ao mês mais IPCA, com parcelamento em até 120 meses.
AntecipeJá: startup de crédito online focada em oferecer capital de giro para pequenas e médias empresas. A disponibilização desse dinheiro ocorre por meio da antecipação de recebíveis. Ou seja, atuando na cadeia de fornecedores para condomínios em geral, suprindo a demanda por recursos financeiros, antecipando o pagamento para essas empresas e mantendo, assim, a gestão financeira em dia.
Imovelweb: a empresa, que começou como um portal de classificados online, hoje é um hub de soluções imobiliárias com serviços financeiros – crédito pessoal, financiamento, seguro fiança, consórcio, leilões, entre outros.
