Um dos Objetivos de Sustentabilidade da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) é aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em todos os setores e assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce para enfrentar a escassez de água. Por isso, esse é um tema presente nas metas de ESG de construtoras e incorporadoras.
Os edifícios estão cada vez mais sustentáveis com a presença de placas fotovoltaicas para produção de energia solar, hortas compartilhadas e aproveitamento de água das chuvas. Porém, para atingir uma economia real ainda é preciso fazer mais. Segundo o consultor de sustentabilidade e fundador da Bloco Base, Iago de Oliveira, a escolha adequada de metais sanitários também é fundamental para a redução no consumo de água em um edifício residencial.
“Uma torneira comum chega a consumir até 22 litros de água por minuto, no MUDA WF, empreendimento da incorporadora Weefor, selecionamos torneiras que usam entre 1,8 até 6 litros por minuto”, ressalta Iago. Além disso, na cobertura do edifício foi instalado um sistema de captação de água da chuva, aliado a um sistema de tratamento no subsolo que filtra a água e bombeia para distribuição na cobertura. A água de descarga, limpeza e jardinagem vem de aproveitamento pluvial, e quando chove menos o sistema compensa com água potável.
A combinação do uso de metais e louças que consomem menos água com o aproveitamento das águas da chuva permite uma economia de mais de 59% de água no Muda WF, em relação a um edifício convencional, sem estes conceitos de sustentabilidade. Para a CEO da Weefor, Maria Eugênia Fornea, construir uma cidade para todos também é pensar no impacto ambiental desta construção, por isso o investimento em soluções que garantam a eficiência hídrica em todos os aspectos foi algo adotado no MUDA desde a fundação. “No empreendimento, 78% da água para fins não potáveis [como descarga e rega dos jardins] vem do aproveitamento das chuvas”.
O MUDA WF será entregue este mês e os moradores terão uma horta na sacada do apartamento que conta com um sistema automático de irrigação, que também vem do aproveitamento das chuvas. “Para mim o MUDA sempre teve um grande diferencial devido ao foco ambiental e social. Morar em um edifício planejado e executado para aproveitar melhor os recursos naturais me faz sentir parte de uma mudança necessária e fez com que eu me identificasse com essa construção, sendo um grande diferencial na hora da compra do imóvel”, afirma Léo Picelli, futuro morador do edifício.