No que diz respeito ao ponto de vista legal, a chegada do 5G ainda é uma realidade incerta, visto que apenas uma parcela pequena das cidades se encontram aptas a receber a tecnologia.
Ao encerrar o mês de junho, por exemplo, apenas 100 das 5.568 cidades que ocupam o território nacional tinham leis atualizadas para a implementação de antenas de transmissão da quinta geração de internet móvel. Os dados foram liberados pela Associação Brasileira de Infraestrutura para as Telecomunicações (Abrintel).
Dentre as cem cidades com legislação vigente até o final de junho, 16 delas são capitais, que serão as primeiras cidades a receber o 5G, de acordo com a agenda do governo federal. Sendo elas:
- Manaus
- Fortaleza
- Brasília
- Vitória
- São Luís
- Campo Grande
- Curitiba
- Recife
- Teresina
- Rio de Janeiro
- Natal
- Porto Alegre
- Porto Velho
- Boa Vista
- Florianópolis
- São Paulo
“Algumas legislações municipais precisam se adaptar à realidade atual para acelerar a implantação do 5G. E as capitais que já modernizaram suas normativas poderão rapidamente contar com os benefícios da nova tecnologia”, explica o ministro das Comunicações, Fábio Faria, em notícia publicada no site do ministério.
Novo prazo para adequação das capitais
Devido a irregularidade da situação, o Ministério das Comunicações sugeriu uma mudança no prazo, partindo de julho para o fim de setembro o tempo recomendado para que as capitais estejam aptas para a instalação da nova tecnologia. “O edital previa que ia começar a instalação do 5G em julho, podendo inaugurar até setembro. E no próximo mês, já teremos o 5G puro em várias capitais, além de outras tantas ainda em agosto”, completa Faria, na reportagem do ministério. “Todas as capitais brasileiras terão o 5G já neste ano”, finaliza o ministro.
Para o governo, o novo período para instalação do 5G também contempla a demanda das operadoras que sinalizaram problemas, como por exemplo, as restrições sanitárias na China por causa da Covid-19, finalizadas apenas no fim de maio, o que atrapalhou no fornecimento de equipamentos por parte da indústria.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vendeu, em novembro do último ano, lotes de frequência de 5G para investidores interessados em aplicar a nova tecnologia no país. O 5G visa transformar todas as áreas da sociedade, da saúde à economia, passando pela indústria, comércio e serviços privados e públicos.
Afinal, o que é realmente o 5G?
A Quinta Geração da internet móvel representa mais do que uma evolução na velocidade e capacidade de conexão. Isso porque a chamada 5G NR (New Radio) oferece muitas melhorias, como o slicing, que propõe um modelo de conectividade por fatiamento. Sendo assim, disponibiliza inúmeras redes virtuais para cada tipo de serviço a ser utilizado.
Investimento econômico
Um grande diferencial da tecnologia 5G é que ela se apresenta fundamentada em estruturas de redes SDN (Software-Defined Network) e Cloud Computing, que embora seja mais complicado, ainda assim diminui os investimentos em equipamentos e reduz significativamente o tempo de instalação. Através desses benefícios, se torna possível incluir antenas 5G instaladas em luminárias de iluminação pública, bancas de jornais, em estruturas de prédios, shoppings e empresas.
Qual o significado desse modelo de instalação simplificado? Maiores possibilidades de ofertar uma cobertura de internet móvel mais ampla e acessível a todos.
Atraindo investimentos de empresas
Com a chegada do 5G, o Brasil se capacita para investimentos de empresas globais em serviços e produtos que se referem a tecnologia. Segundo estudo do IDC (International Data Corporation) organizado pelo Movimento Brasil Digital, há uma estimativa de que a rede 5G movimente até R$ 22,5 bilhões em negócios até 2024. Desse total, até R$ 2,5 bilhões devem partir de aplicações de empresas brasileiras. Essa quantia remete às grandes expectativas à aceitação do mercado brasileiro à tecnologia, com a possibilidade de chegada de novos produtos, que envolvam inteligência artificial, Internet das Coisas, Cloud Computing, realidade virtual e aumentada, drones, entre outros.
A simplicidade de implementação da tecnologia e o modelo de partilha virtual da rede vão incentivar a criação de inúmeras redes privadas no Brasil e, logo então, as aplicações em novas soluções tecnológicas, influenciando diretamente na melhoria da economia nacional. O 5G será o modelo principal para a transformação da indústria 4.0, assim como para a digitalização de setores como o agronegócio, a mineração, o varejo, o governo, a TIC, entre outros.
Oportunidade de renda para condomínios
Para além do salto de qualidade tecnológica, o 5G abre uma janela de oportunidades extraordinária para condomínios prediais, porque demanda a instalação de cerca de dez vezes mais antenas além das já existentes atualmente. Nesse cenário, o aluguel do topo de prédios para antenas 5G ganha cada vez mais atenção. E para saber como aproveitar esta oportunidade, assista a Condo.live ‘Oportunidades com a antena 5G para condomínios’ com o advogado Daniel Solis, que tem mais de 20 anos de experiência em contencioso empresarial e pós-graduação em processo civil pela FGV, o vereador do Rio de Janeiro Pedro Duarte, que atuou na legislação das antenas 5G no Rio de Janeiro, e o engenheiro Dante J Richesky, que possui mais de 20 anos de experiência nas áreas técnicas e de negócios de TI.