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    Home»Inovação e Tecnologia»Como funciona o tratamento de esgoto com bactérias
    Inovação e Tecnologia

    Como funciona o tratamento de esgoto com bactérias

    29 de abril de 20227 Minutos
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    Cada vez mais casas e apartamentos trabalham para se tornarem sustentáveis, seja para diminuir o impacto no meio ambiente ou para reduzir os gastos com ações normais. Dessa forma, os condomínios também começaram a trabalhar para se adequarem às ações autossustentáveis, de pequena à grande escala. Uma dessas ações é o tratamento de esgoto com bactérias.

    Conhecida popularmente como ETEs sustentáveis, as Estações de Tratamento de Esgoto e Efluentes (ETEs) ainda dão os seus primeiros passos no Brasil. No entanto, assim como outras ações autossustentáveis, está ganhando espaço em todo o território nacional.

    Uma das empresas que oferecem o serviço no Brasil é a Eisenia Tecnologia e Meio Ambiente, que, assim como o nome, utiliza as Eisenia Foetida, conhecida popularmente como minhocas californianas, e bactérias para implementar o trabalho sustentável. Questionado sobre a implantação do serviço, o gerente executivo da Eisenia, o engenheiro ambiental André Rinoldi, explica que tudo ocorre de forma simples e rápida, além de ser mais barata que outras soluções, podendo atender desde condomínios pequenos até maiores empreendimentos.

    “O sistema é 100% seguro tanto para os moradores do condomínio quanto para os operadores. Em nenhum momento existe armazenamento de esgoto bruto em tanques, nem necessidade de trabalhos em altura, reduzindo drasticamente riscos de acidentes ou de ações trabalhistas futuras contra os administradores dos condomínios. Se o cliente preferir a equipe Eisenia pode realizar a operação”, explicou o engenheiro.

    De acordo com Rinoldi, enquanto as minhocas e bactérias são responsáveis por digerir a parte sólida do tratamento, a parte líquida é filtrada mecanicamente e passa por um sistema de cloro para a desinfecção. Dessa forma, o trabalho sustentável é feito por ser uma implementação de baixo custa, somada ao atendimento das normas ambientais e a entrega de um trabalho social acessível a diferentes classes sociais.

    “Seguindo o projeto da Eisenia, o empreendedor deve construir uma espécie de tanque que pode ser acima ou abaixo da superfície. Em seguida a Eisenia entrega os “recheios” e executa a parte hidráulica e elétrica. Durante o starup podemos treinar o funcionário do cliente que irá operar a planta. […] Em caso de excesso de efluente, parada da bomba ou qualquer problema, um alarme é acionado e a equipe Eisenia entra em contato imediato com os responsáveis. Essa modalidade tende a ser mais barata para o empreendedor do que contratar a operação 100% com a Eisenia, o que também é uma possibilidade”, apontou Rinoldi.

    No Brasil, o saneamento básico é regulado pela Lei 14.026/2020, que atualizou o Plano Nacional do Saneamento Básico, regido pela Lei 11.445/2007. Segundo dados da Agência Brasil, de 2020, 94% dos municípios brasileiros tinham empresas estatais prestando serviço de saneamento básico. No entanto, com a atualização do marco de saneamento básico, a expectativa é que mais recursos da iniciativa privada sejam injetados para aumentar o saneamento básico no Brasil.

    Fala Especialista

    Diante das informações, o portal Condo.News buscou contato com um especialista para sanar possíveis dúvidas sobre riscos e formas de implementação de ETEs sustentáveis. Confira abaixo a entrevista completa com o doutor João Alexandre Saviolo Osti, professor do programa de Mestrado em Análise Geoambiental da Universidade UNIVERITAS-UNG.

    Como funciona o tratamento sustentável de esgoto com bactérias? É seguro ou há algum risco à saúde?

    Dr. João Alexandre Saviolo Osti: A biorremediação (processo onde se utilizam organismos biológicos a fim de reduzir ou eliminar poluentes e contaminantes) de água residuais, como os esgotos domésticos, é um grande desafio da ciência moderna e que tem despertado o interesse e a proposição de estudos na área de biotecnologia. Assim, a utilização de alternativas economicamente viáveis e menos agressivas ao meio ambiente e à saúde humana vem crescendo consideravelmente nos últimos anos.

    Neste contexto, o uso de agentes microbianos no tratamento de esgotos domésticos tem provado ser uma prática efetiva e apropriada para tais fins. Dentre as diversas técnicas de biorremediação temos como exemplo: i) wetlands construídas: onde se utiliza processos naturais na remoção de poluentes e usam como estruturas áreas húmidas colonizadas com plantas aquáticas (macrófitas aquáticas), com ou sem a presença de solo filtrante (OSTI et al. 2018);  ii) Bioestimulação: onde se utiliza microrganismos presentes no próprio local favorecendo sua atividade para degradação de resíduos; iii) Bioaumentação: onde são introduzidos microrganismos específicos e externos ao local de estudo, e que já tenham uma predisposição a degradação dos resíduos (SOUZA e ARRUDA 2021). Neste último exemplo, o uso de esporos de bactérias isoladas do solo tem sido vastamente pesquisado, sendo as mais utilizadas: Bacillus subtilis, Pseudomonas putida, Bacillus amyloliquefaciens e Bacillus licheniformis. Também são utilizando compostos comerciais formados por pelo consórcio de bactérias heterotróficas, bactérias anaeróbicas facultativas, bolores e leveduras, entre outros organismos.

    Antes do seu registro e comercialização, estas bactérias devem ser testadas quanto a capacidade de sobrevivência, persistência, multiplicação, e manifestação de patogenicidades e toxicidade por meio de uma análise de riscos potenciais que envolve o uso de organismos teste não-alvo e alvo, afim de entender sobre a segurança da saúde humana (JONSSON et al, 2011). Estas pesquisas devem seguir protocolos rigorosos de qualidade e segurança, e visam fornecer previsões suficientes precisas de efeitos adversos na saúde humana e ao meio ambiente de modo a oferecer subsídios para o manejo do risco (JONSSON et al, 2011).  Neste sentido, é muito importante que antes de iniciar a biorremediação de águas residuárias com o uso de bactérias é necessário que seja apresentado pela empresa fornecedora do material biológico o estudo de avaliação de risco.

    Por que esse tipo de tratamento de esgoto é considerado sustentável?

    Dr. João Alexandre Saviolo Osti: Os sistemas de biorremediação podem ser considerados sustentáveis, uma vez que nestes sistemas os microrganismos atuam na mineralização da matéria orgânica e na absorção de nutriente, ou seja, podem contribuir para remoções consistentes e eficientes de poluentes, além de produzirem uma biomassa. Quando associadas com a produção de microalgas por exemplo, estes sistemas podem fixar CO2 antropogênico (produzido pelo homem) por meio do processo chamado de fotossíntese, permitindo com isso a mitigação das emissões de gases de efeito estufa. A biomassa gerada por estes sistemas também pode ser utilizada como biofertilizante ou transformada em biocombustíveis (biodiesel, bioetanol, biohidrogênio ou biometano, entre outros). Por fim, estes sistemas são por vezes alternativas de mais baixo custo e de simples operação e manutenção quando comparados com outros sistemas de tratamento de efluentes, se tornando ideais principalmente para pequenas áreas rurais. Englobando assim os três eixos da sustentabilidade: ambiental, econômico e social.

    Quais podem ser os prós e contras da implementação desse serviço em um condomínio?

    Dr. João Alexandre Saviolo Osti: O acesso à rede de saneamento básico (abastecimento de água e a coleta, afastamento e tratamento do esgoto) e suas diretrizes são determinadas no território nacional pela Lei Federal nº 14.026, de 15 de julho de 2020, popularmente conhecida como o Novo Marco Legal do Saneamento Básico. O principal objetivo desta lei é garantir melhorias das redes de distribuição de água e esgoto, assegurando a universalização desses serviços. E para tanto, traz metas ousadas e que devem ser cumpridas até o final de 2033, como elevar de 83,6% para 99% o total de brasileiros com água tratada e aumentar de 53,2% para 90% o total de pessoas com acesso à coleta de esgoto. Cabe ainda destacar que segundo os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), elaborado em 2019, apenas 49,1% do volume total de esgoto sanitário coletado recebe tratamento adequado, deste modo o montante remanescente é descartado in natura nos mananciais.

    Neste sentido, quando não há possibilidade de ligação com a rede tronco de coleta de esgoto (ausência de rede pública), é obrigatório que os condomínios apresentem durante o processo de licenciamento ambiental um projeto que contemple o seu sistema individual de coleta, tratamento e disposição final de esgoto, de acordo com as Normas NBR-7229/93 e 13.969/97 da ABNT. Neste momento, devem ser estimulados a proposição de projetos que contemple a biorremediação dos efluentes domésticos, como o uso das bactérias sustentáveis.


    Henrique Schmidt

    Jornalista com sete anos de mercado e especialização em Comunicação Empresarial
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