Nosso país bateu a marca de 2 milhões de lares que já adotaram a energia solar em seus telhados, contribuindo para um total de 3,5 milhões de unidades consumidoras quando incluímos comércios e indústrias. Juntos, esses setores agregam uma capacidade de 28 gigawatts (GW), equiparável a duas usinas de Itaipu.
As residências têm uma capacidade combinada de 13 GW, equivalente a uma Itaipu, que tem uma capacidade de operação de 14 GW. Para alcançar esse nível de geração elétrica, os lares investiram cerca de R$ 70,3 bilhões desde 2012, conforme dados da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
No ranking de estados, São Paulo sai na frente com 385,3 mil casas possuindo placas solares. Em segundo vem o Rio Grande do Sul (303,1 mil) e, depois, Minas Gerais (291,8 mil). O investimento em placas solares se paga, normalmente, em até cinco anos e se tornou uma opção vantajosa para o consumidor. Existe até mesmo a possibilidade de receber cashback na conta de energia, com empresas como a Desperta Energia.
Por que a aderência à energia solar tem aumentado?
Em conversa com Marciliano Freitas, CEO da Desperta Energia, a popularização desse modelo se deve muito aos benefícios financeiros que ele traz. “A energia solar está se tornando cada vez mais acessível por várias razões. Nos últimos anos, houve uma significativa redução nos custos de instalação de sistemas de energia solar devido principalmente à queda das matérias-primas (poli silício, lítio em particular) e custos de transporte, aos avanços tecnológicos que permitem maior eficiência dos paineis solares e as economias de escala na produção desses equipamentos. O preço por kwh para sistemas residenciais, por exemplo, caiu de pouco mais de R$ 6mil/kWh alguns anos atrás para menos de R$3mil/kWh atualmente. Isso torna a energia solar muito mais rentável para residências quanto para empresas”, explica o executivo.
Além disso, Freitas pontua que bancos e instituições financeiras estão cada vez mais oferecendo opções de financiamento para a instalação de sistemas solares, incluindo empréstimos com taxas de juros atrativas e prazos flexíveis. “Isso facilita o acesso de mais pessoas e empresas à energia solar. A maior demanda por eletricidade, em especial do aumento do uso de ares condicionado e da crescente eletrificação dos veículos, também aumenta o interesse em energia com menor custo de geração. Por fim, a crescente preocupação com o meio ambiente e a busca por fontes de energia mais limpas e sustentáveis, também aumentam a demanda por energia solar. Isso tem levado à popularização da tecnologia e à entrada de mais empresas no mercado, o que contribui para a redução de preços”, aponta o representante da Desperta Energia .
Como os condomínios podem se beneficiar da energia solar?
A adoção de energia solar traz uma série de benefícios para um condomínio. O maior é a redução de custos a longo prazo, já que a geração solar é a de menor custo atualmente, o que pode significar uma diminuição significativa nas contas de eletricidade, além de ser um fonte sustentável, com impactos diminutos para o meio ambiente
“Mas não menos importante é que, em termos práticos, atualmente as formas de acesso à energia solar podem ser adaptadas para as condições específicas de todos os tipos de condomínios. Ou seja, independente da existência ou não de espaço físico para instalação de painéis, e mesmo das condições financeiras do condomínio, qualquer condomínio pode acessar energia solar. Por exemplo, os que possuem espaço e recursos financeiros (ou crédito), podem instalar painéis para geração própria, e para os que não possuem espaço, ou não possuem recursos, que constituem a grande maioria dos casos, a energia solar por assinatura, na qual os condomínios passam a consumir energia mais em conta pela adesão a associação de consumidores sem necessitar fazer nenhum investimento ou obras, é ótima e rápida opção”, aponta Marcílio.
O executivo também destaca que a instalação de painéis ou a contratação de energia por assinatura, quando combinada com medidas de eficiência energética, como o uso de aparelhos mais eficientes e o controle inteligente do consumo, amplificam os ganhos dos condôminos.
Outro ponto muito positivo é a valorização do imóvel. “Muitas pessoas procuram por residências que contem com tecnologias sustentáveis, e custos menores de moradia, proporcionados pela energia solar, o que aumenta o valor da propriedade no mercado imobiliário. Por fim, a adoção de energia solar pode tornar o condomínio mais autossuficiente em termos de energia quando forem utilizados sistemas de armazenamento, como baterias solares. Isso reduz a dependência da rede elétrica e aumenta a resiliência do condomínio em casos de falhas no fornecimento de energia”, finaliza Freitas.