As soluções tecnológicas estão mudando o setor de segurança patrimonial, oferecendo proteção de forma otimizada, com inteligência operacional e processos eficientes.
Segundo Ricardo Franco, CEO de Tecnologia e Inovação do Grupo GR, é importante sempre avaliar os sistemas de segurança na linha de integração. “A otimização está atrelada a como as empresas utilizam de forma assertiva todos os seus sistemas de tecnologia. Todas essas ações têm que ser 80% autônomas (Inteligência Artificial) e 20% humanas”, esclarece.
Entre as que mais se destacam está a Inteligência Artificial e deep learning, que juntas atuam, por exemplo, em cercas virtuais em ambientes abertos ou fechados, com reconhecimento de padrões específicos de movimento, objetos e pessoas. Além disso, também há drones automatizados, sensores terrestres e radares inteligentes.
Franco reforça que é sempre necessário um estudo técnico de cada ambiente para dimensionar as melhores soluções. “Para condomínios, por exemplo, o reconhecimento facial integrado nos ambientes de acesso (externo e interno) é um dos mais recomendados. Já para os shoppings, as soluções de câmeras analíticas, que estudam e identificam comportamentos não regulares, seria uma solução preventiva.”
O executivo também explica que para que as empresas consigam projetar métricas de qualidade e resultados, é recomendada uma operação mais autônoma, que contemple a racionalização da operação e considere despesas de segurança (equipe própria ou terceirizada + ocorrências + tempo + perdas) e qualifique sistemas de segurança tecnológicos, com investimentos de curto a médio prazo.
Para Franco, atualmente novas soluções e integrações chegam ao mercado com cada vez maior velocidade, mas o quanto elas são efetivas e aplicáveis é a chave para o negócio. “O metaverso e cyber security já são realidade. Para o futuro, apostamos nas tecnologias de análise de vídeo com inteligência artificial, inclusive substituindo muitas das tecnologias atuais. Uma câmera hoje já pode substituir as detecções dos sistemas de alarme, com muito mais assertividade. Câmeras também já podem reconhecer faces, placas de veículos e identificações de contêineres e disparar as liberações de portas, portões, cancelas e demais bloqueios, substituindo quase todos os dispositivos de autenticação para controle de acesso”, conta.
Assim as novas funcionalidades poderão analisar comportamentos, avaliar situações, filtrar o que é risco e avisar às áreas responsáveis sobre uma possível ameaça, substituindo o primeiro atendimento feito por pessoas.
O CEO de Tecnologia e Inovação do Grupo GR ressalta ainda que a chegada do 5G deve melhorar o tráfego de dados e trazer mais velocidade e qualidade. “Como tudo está voltado à IOT (Internet das Coisas), o 5G fará uma grande diferença.”
Porém, deixa um alerta: “a tecnologia patrimonial vai além de instalar um alarme e realizar o acompanhamento por aplicativos. O principal foco que deve ser levado em conta na contratação de um serviço de segurança patrimonial é dar prioridade às fragilidades operacionais e que tais soluções otimizem as ações de um operador. É preciso levar em conta a redução de custos com segurança física e a transição para a segurança tecnológica. Não é tão simples como muitos informam. É necessário um estudo e o redesenho de processos e procedimentos”, conclui.
Para quem precisa investir em segurança patrimonial, Franco deixa algumas dicas:
- Listar todas as necessidades, gaps e frentes de melhoria.
- Chamar uma empresa experiente e especializada de Segurança Patrimonial (Física e Tecnológica) e colocar o atual cenário e qual a expectativa futura.
- Trazer o problema para que os especialistas proponham a solução.
- Ter um fluxograma de avaliação completo: Sistema de Análise de Risco detalhado + Engenharia de Soluções Tecnológicas + Integração Operacional (Tecnologia/Operador/Procedimentos).