A presença feminina no setor condominial já é notória. Pesquisas apontam para uma fatia de 40% já ocupada por mulheres à frente da gestão condominial. São síndicas, subsíndicas, conselheiras e gestoras condominiais que a cada dia ganham mais destaque neste segmento.
Não só para as síndicas, mas para todas as mulheres, os desafios de ocupar cargos de liderança são muitos. Dados do relatório Women In Business 2021 mostram que, em 2017, as mulheres ocupavam ¼ dessas funções. Hoje já representam 31% no mercado global.
Tal estudo só mostra que o crescimento da presença feminina nessas posições no setor condominial avança de forma muito mais veloz. Mas o que será que está provocando esse crescimento?
O fato das mulheres terem habilidades para desenvolverem várias atividades de forma simultânea foram, por muito tempo, responsáveis por colocarem nelas o rótulo preconceituoso de ‘falta de foco’. E no setor condominial, com muita maestria, as síndicas estão mostrando que tal característica é sinônimo de multipotencialidade, o que as dá vantagem em relação aos homens nesse segmento porque durante uma sindicatura, síndicas e síndicos, precisam equilibrar pratos e muitas vezes tomar decisões sobre assuntos diferentes em tempo reduzido.
Outra característica oriunda das mulheres é o senso maternal e a habilidade natural de cuidar do outro, valorizar os detalhes. Ora, os condomínios não são estruturas arquitetônicas. Os condomínios são comunidades constituídas por pessoas. Mais uma vez as síndicas saem na frente trazendo a humanização da gestão condominial e tratando cada condômino de forma personalizada.
As mulheres também são poderosas comunicadoras naturalmente. Essa característica faz com que as síndicas tenham uma capacidade aguçada de influenciar, inspirar, construir relacionamentos e motivar o trabalho em equipe.
A flexibilidade e generosidade feminina também chancela o conceito de que a gestão condominial não se faz de forma solitária. Síndicas aliam-se com mais facilidade a fornecedores com habilidades técnicas mais disruptivas como tecnologia, engenharia, impermeabilização, obras e reformas, por exemplo.
Por tudo isso, as síndicas ganham a cada dia mais espaço nesse mercado condominial através da associação de suas habilidades naturais para desenvolver uma sindicatura mais humanizada e a capacidade de formar um time competente com habilidades técnicas, cada um no seu quadrado, trazendo como resultado o bem-estar e muita satisfação para seus clientes finais: os condôminos.
Há quem diga que, em 10 anos, esse percentual de mulheres à frente da sindicatura chegará a 60%. Será? Estaremos por aqui acompanhando essa evolução.