Com mais de 8 milhões de habitantes, Nova York é a cidade mais importante dos Estados Unidos. A famosa Big Apple, como é conhecida, é um dos maiores centros financeiros, culturais e de negócios do mundo, influenciando diretamente todos os setores.
Nova York hospeda hoje 53 empresas classificadas na Fortune 500, uma revista que publica anualmente as maiores empresas dos Estados Unidos, com mais de 200 mil empresas identificadas e uma economia das mais desenvolvidas e integradas do mundo.
A cidade é um importante centro nas áreas de finanças, seguros, imobiliário, mídia e arte, sendo responsável por quase 10% do PIB total do país.
Mas, como são os diferentes tipos de propriedades coletivas em Nova York, os chamados condomínios?
O mercado nova iorquino possui dois tipos principais de propriedades: condomínios e cooperativas.
Existem também os Townhouses, que são pequenos edifícios que vão de três a cinco pisos e pertencem a um único proprietário, divididos em apartamentos.
E como funcionam esses condomínios?
Ser proprietário de um condomínio ou apartamento em Nova York é semelhante a ser proprietário de um apartamento em muitas cidades. Ao comprar uma escritura da propriedade a mesma é transferida para você, uma empresa gestora será nomeada por um conselho formado para administrar o condomínio e os custos de manutenção das áreas comuns serão cobrados mensalmente.
Além da taxa condominial, também é cobrado o imposto para a cidade de Nova York, no entanto, alguns condomínios possuem um programa de redução desses tributos.
O proprietário pode alugar, vender ou autorizar que familiares e amigos desfrutem do seu imóvel de forma relativamente livre, seguindo as regras de construção aprovadas pelo Conselho do empreendimento.
Devido à grande procura de investidores na cidade, os imóveis de condomínios possuem um custo de 15 a 20% acima dos imóveis de cooperativas.
Sobre as cooperativas de apartamentos em Nova York
Comprar uma cooperativa ainda é a forma mais comum de propriedade de longo prazo no estado de Nova York. Para se ter ideia, de 70% a 80% dos apartamentos de lá são edifícios cooperativos. Comprar uma cooperativa significa comprar ações de uma corporação que possui o prédio. As ações da empresa são detidas pelas pessoas que vivem no edifício. Isso significa que todas as decisões relativas à construção devem ser tomadas pelo sindicato “cooperativa” que afetam a comunidade ou a própria propriedade – novo comprador, contratação, novo inquilino, revenda, obra, entre outras opções.
Cabe à cooperativa pagar o valor total da hipoteca do imóvel, IPTU, vencimentos dos empregados e despesas diversas de manutenção. Em troca, o acionista-proprietário paga um percentual sobre as despesas totais na proporção de sua contribuição para esta.
As cooperativas condominiais em Nova York ocupam 75% dos empreendimentos disponíveis, oferecendo uma variedade maior na hora de comprar ou alugar um apartamento.
A falta de flexibilidade é uma grande desvantagem dos imóveis neste formato, a administração aprova ou rejeita a compra ou locação de acordo com seus próprios critérios, sem nem mesmo ter que prestar contas disso.
Abaixo, confirma algumas curiosidades sobre comprar ou alugar um apartamento em Nova York:
- Nova York é uma das cidades mais caras do mundo para comprar ou locar um imóvel;
- Para alugar um imóvel por um ano, o interessado além de passar pela avaliação de crédito, também deverá passar pela avaliação do conselho do condomínio onde está interessado em locar;
- A prefeitura de Nova York regulamentou uma lei específica para locações temporadas, como, por exemplo, a AIRBNB, solicitada por grandes empresários e investidores da cidade;
- O short-term (aluguel de curta temporada) é terminantemente proibido sem a presença de um responsável pelo imóvel, não é autorizado locar para terceiros por menos de 30 dias, é necessário que estejam morando juntos;
- Já a locação de quarto é permitida desde que, o proprietário ou responsável permaneça no imóvel durante todo o período da locação;
- Com todo esse filtro, casos de problemas em condomínios são raros, mas é possível encontrar ocorrências registradas;
- A figura do síndico não existe e o presidente do conselho é quem toma a frente das decisões emergenciais;
- Algumas raças de cães, como pitbulls, são proibidas nos condomínios;
- Aquele bate-boca, baixaria ou discurso desnecessário de condômino inconveniente em assembleia – tão comuns e dados como motivos para o baixo quórum nas reuniões no Brasil, lá, quase não existem, já que discussão aberta sobre algum tema só acontece se o conselho aprovar;
- Assembleias: as discussões são feitas somente entre os membros do conselho, o representante da administradora e o gerente geral. Os condôminos podem observar, mas não opinar;
- As assembleias têm duração máxima de 1h30, não podendo exceder esse tempo;
Para quem é da área de condomínios, notará que a parte de aprovação do conselho para aquisição ou locação de imóveis seria um problema, mas, não podemos deixar de ressaltar que a parte sobre as normas e assembleias com certeza nos favoreceria em muitos itens.