De acordo com o relatório da MarketsandMarkets, o mercado global de edifícios inteligentes foi avaliado em US$ 72,6 bilhões em 2021 e está projetado para atingir US$ 121,6 bilhões até 2026, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 10,9% durante o período de previsão. No Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Facilities (ABRAFAC), o setor de facilities management, que inclui a gestão de edifícios, movimenta mais de R$ 100 bilhões ao ano, com forte tendência de digitalização nos próximos anos.
Nos chamados edifícios inteligentes, o uso de tecnologia para mapeamento de demandas, planejamento operacional e gestão de comunicação interna se tornou um fator decisivo para otimizar recursos financeiros e minimizar riscos não previstos.
“Com o apoio de sistemas inteligentes, é possível monitorar e registrar todas as demandas do condomínio em tempo real, desde manutenções preventivas até solicitações pontuais dos condôminos. Esse mapeamento detalhado permite uma análise preditiva mais assertiva, facilitando a antecipação de investimentos e evitando gastos emergenciais, que muitas vezes possuem valores superiores aos custos planejados”, afirma Thais Mendes, Hed of Customer Experience, na área de Smart Solutions da Pitney Bowes, multinacional orientada pela tecnologia que oferece soluções de envio em SaaS e inovação em correspondências em todo o mundo.
Além da eficiência operacional, Thais ressalta que a partir dos dados coletados, os gestores conseguem planejar de forma mais eficiente, alocando recursos e custos de forma proporcional às reais necessidades dos edifícios.
“Isso reduz desperdícios, melhora a eficiência dos contratos de prestação de serviços e assegura maior previsibilidade orçamentária, inclusive em períodos de sazonalidade ou aumento de demanda”, explica Mendes.
O conceito também se aplica à gestão de mensageria. Notificações sobre agendamentos, manutenções, assembleias e comunicados são distribuídos de forma digital e rastreável, garantindo que todos os condôminos e colaboradores recebam informações em tempo hábil, com registro de leitura e maior transparência.
“Do ponto de vista financeiro, sem considerar uma gestão automatizada, problemas podem passar despercebidos até se tornarem emergências custosas. A gestão inteligente permite a identificação precoce de falhas em equipamentos, infraestrutura e serviços, possibilitando intervenções corretivas antes que o problema evolua para um prejuízo significativo. Além disso, favorece o cumprimento de normas regulatórias e a redução de passivos legais”, acrescenta a porta-voz.
Apesar das vantagens, muitos empreendimentos ainda não sabem como investir e quais sistemas inteligentes de gestão e mensageria podem auxiliar tanto na valorização operacional quanto na qualidade de vida e segurança dos ocupantes.
“A digitalização e gestão do planejamento, da mensageria e do controle operacional deixa de ser um diferencial e passa a ser um requisito para a sustentabilidade financeira e operacional dos empreendimentos. Com a integração entre tecnologia, planejamento estratégico e gestão eficiente, os edifícios inteligentes representam um novo padrão na administração de patrimônios imobiliários”, conclui Thais Mendes.