O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) projetou uma alta de 2,4% no setor de Serviços como componente do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025, 1,3% abaixo da projeção para 2024, de 3,7%. Ainda sim, a entidade espera que os serviços continuem como um dos principais impulsionadores do PIB.
Para manter este ritmo, é preciso acompanhar os avanços tecnológicos que oferecem mais comodidade, segurança e facilidades ao consumidor. Quando se trata de serviços de facilities para condomínios, por exemplo, os últimos anos viram a adesão a portarias remotas e outros sistemas de segurança, o que levanta o debate: a tecnologia, em breve, substituirá a mão de obra? Não há como prever o futuro, mas por ora, uma coisa é certa: não. Para evitar que isso aconteça, uma solução encontrada por algumas empresas é utilizá-la como uma ferramenta de auxílio ao trabalho humano.
É o caso da Embraps, empresa de prestação de serviços interdisciplinares na Baixada Santista. De acordo com o diretor da empresa, Rodolfo Quaresma, o uso da tecnologia aliada à mão de obra pode ajudar a aquecer ainda mais o setor de Serviços.
“A tecnologia, hoje, não é apenas um diferencial, mas se tornou obrigatória e quem não a utiliza em diversas frentes acaba ficando para trás no mercado. E, quando ela é agregada de uma forma complementar ao trabalho do ser humano bem capacitado para operar essa tecnologia, você tem uma otimização da prestação de serviço como um todo. Quem ganha é o cliente, com serviços cada vez mais inovadores e, acima de tudo, eficientes”, afirma Quaresma.
Em 2023, a Embraps introduziu o serviço de portaria remota em seu catálogo. Na prática, ela funciona como um controle de acesso e monitoramento 24 horas que registra toda a movimentação e é gerenciada por um operador à distância.
No entanto, isso não significou a substituição da mão de obra do porteiro, um dos maiores quadros da empresa e que continua crescendo mesmo com o avanço da tecnologia. Atualmente, são 831 profissionais atuando neste serviço em conjunto.
De acordo com o diretor, trata-se de uma questão de oferecer um serviço personalizado, de acordo com as necessidades e o perfil de cada condomínio.
Por exemplo, em prédios menores, pode haver uma preferência pela portaria remota devido à redução de custos. Porém, em prédios com mais apartamentos e torres e maior movimentação de pessoas e veículos, a atuação do ser humano em conjunto com a tecnologia é indispensável.
Em alguns casos, a empresa oferece o sistema de portaria híbrida. Prédios de veraneio, por exemplo, comuns na Baixada, podem contar com a portaria física, com apoio da tecnologia durante períodos de maior ocupação – novembro a fevereiro – e somente a remota durante períodos de menor movimentação.
“É um produto que atinge diferentes perfis de clientes, ou seja, não é substituto do trabalho do porteiro ‘físico’. Em muitos casos, será até complementar, com os dois modelos trabalhando juntos. O trabalho humano segue essencial para o funcionamento dos processos, e a tecnologia tem que ser utilizada como aliada”, comenta Quaresma.
O investimento em ferramentas de segurança vai além do acesso aos condomínios. A empresa oferece ainda um Sistema de Segurança Eletrônico composto por várias tecnologias, como câmeras de monitoramento, alarmes, sensores de presença, controle de acesso, entre outros, além do suporte técnico e uma equipe disponível para fazer a manutenção e solucionar problemas. Prova de que a tecnologia é indispensável, mas não existe sem o trabalho humano.