Após quase três anos de altas consecutivas, o preço do aluguel no Rio de Janeiro voltou a cair. Em julho, o preço médio do metro quadrado ficou em R$ 41,21, valor 0,29% menor que o registrado em junho, segundo dados são do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb.
Desde agosto de 2021 a cidade não apresentava retração nos preços dos aluguéis. Na oportunidade, a cidade ainda sofria com os impactos da Covid-19 na economia e na mobilidade das pessoas, o que impactou o mercado imobiliário como um todo.
Nesse período de 34 meses, a cidade não apenas recuperou a queda dos preços registrada durante o biênio 2020-2021 como voltou a apresentar um crescimento real dos preços (49,5%).
“O mercado imobiliário vem dando sinais de desaceleração desde o fim do ano passado. Uma oscilação negativa deve ser vista como natural após mais de 30 meses com os preços subindo ininterruptamente. Será necessário aguardar os próximos meses para verificar se a retração se consolida como uma tendência”, afirma Pedro Capetti, especialista em dados do Grupo QuintoAndar.
Os imóveis de três dormitórios impactaram para a retração registrada em julho. De acordo com o indicador, o preço médio do metro quadrado desta tipologia retraiu 0,97% no mês, em comparação com junho. As residências de um e dois dormitórios, por sua vez, registraram alta no período, de 0,64% e 0,46%, respectivamente.
Segundo o indicador, o mercado carioca mantém o movimento de desaceleração dos preços, quando observado o acumulado em 12 meses. No período encerrado em julho deste ano, a alta foi de 11,21% – o menor patamar registrado desde junho de 2022. Isso significa que o aumento dos valores para o consumidor tem diminuído gradativamente. Em julho de 2023, o acumulado em 12 meses atingiu a maior taxa de toda a série histórica (18,68%). Desde então, vem caindo gradualmente mês a mês.
“Com os preços subindo de forma menos intensa no acumulado de um ano, as famílias conseguem ter um planejamento maior para alugar o seu imóvel. Em média, as transações efetuadas em julho tiveram um desconto de 2,8%. É o maior patamar registrado neste ano. Isso significa que existe espaço para negociação”, conclui Capetti.