Segundo Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb a cidade tem o 29º mês seguido de crescimento no valor médio do metro quadrado
O mercado imobiliário no Rio de Janeiro começou o ano de 2024 com aumento dos preços dos novos contratos de aluguel. É o que aponta o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb. Na capital fluminense, em janeiro, a alta em comparação com dezembro foi de 1,63%, com o preço médio de R$38,95 por metro quadrado.
É o 29º mês consecutivo de alta nos preços. Desde agosto de 2021 a capital fluminense não observa redução no valor do metro quadrado. Entre os principais fatores para mais uma alta registrada está a alta temporada de procura de aluguéis. Como muitos contratos vencem no final do ano, há uma demanda maior por aluguel nos primeiros meses do ano.
Entre os tipos de dormitório, os imóveis de dois quartos se destacaram em janeiro. O aumento foi de 2,07% em comparação com dezembro. No último mês, o preço médio do m² desses imóveis foi de R$34,48.
Isso significa que uma pessoa que tenha decidido alugar um apartamento de 60 metros quadrados terá que desembolsar, em média, R$2.068 por mês de aluguel, sem contar o condomínio, IPTU e outras taxas.
Segundo o indicador, a alta acumulada em 12 meses ficou em 17,51% em janeiro. Em comparação com os últimos meses, o cenário se mantém praticamente estável. Desde março do ano passado, os preços têm permanecido na faixa de 17% a 18% na variação anual.
“O mercado do Rio começa o ano da mesma forma que terminou 2023, com um crescimento dos preços espalhado por toda a cidade e com uma manutenção da alta num patamar elevado”, destaca Pedro Capetti, especialista em dados do Grupo QuintoAndar.
Apesar do recorde nos valores, os consumidores ainda encontram espaço para negociar. Dados do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb mostram que o desconto médio das transações feitas em janeiro foi de 2,7% – 0,1 ponto percentual abaixo do valor registrado no primeiro mês do ano em 2023.
“Ainda há espaço para negociar e conseguir o melhor preço na hora de alugar. Para quem deseja barganhar, começar a busca mais cedo aumenta a chance de conseguir um desconto melhor”, diz Capetti.
Sobre a metodologia do índice
O novo índice usa um modelo de preços hedônico, flexível, e incorpora dezenas de variáveis estruturais e locacionais para melhorar a qualidade e precisão dos dados. Fatores como tamanho, número de vagas de garagem, acessibilidade a escolas, entre outros são levados em conta. Como resultado, o Índice se mostra um retrato fiel das tendências no mercado.
Em janeiro, foi feita uma revisão da série histórica das cidades, com um refinamento da coleta e da análise dos dados, com o objetivo de aprimorar a parametrização e garantir ainda mais precisão e confiabilidade das informações fornecidas. As cidades de lançamento foram São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília.