Dados apurados juntos ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que nos últimos 35 anos, o número de prédios nas regiões metropolitanas cresceu 321%. Nesse contexto, também se verifica um crescimento na quantidade de condomínios. O aumento exponencial tem elevado cada vez mais as demandas por profissionais e serviços.
O síndico não precisa ser morador do condomínio dependendo o que prevê a Convenção Condominial e o que determina o Código Civil. Ele pode ser qualquer indivíduo eleito para a função, seja pessoa física ou jurídica. Entretanto, para assumir a função é preciso que possua habilidades e que tenha características naturais de liderança. “Ele deixou de ser somente aquela pessoa que quebra galho e passou a ser alguém que precisa estar preparado para resolver problemas, representar e proteger o condomínio. Isso fez com que o seu papel tomasse um corpo de responsabilidade e notoriedade no mercado condominial”, explica o presidente da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), José Roberto Graiche Júnior.
A figura deste profissional aparece como uma peça importante em qualquer administradora. Ele é responsável por diversas tarefas essenciais para o funcionamento adequado do condomínio, principalmente na sua operação. Sua função primordial é zelar pelo bem-estar coletivo e pela preservação do patrimônio, garantindo o cumprimento das normas internas e das legislações vigentes.
Nesse contexto, a figura do síndico contratado cresce, ou seja, muitos condomínios estão recrutando profissionais externos para exercer a função. Entretanto, o presidente da AABIC ressalta que a figura do síndico morador não está extinta, aliás ela também é valorizada. Por residir no condomínio, ele tem contato direto com os condôminos com os quais convive no dia a dia; sabe quais são as reais necessidades do local; pode ser mais fácil contatá-lo; tem uma preocupação mais direta com a preservação e valorização do patrimônio.
“Há muitas motivações para ser síndico, que não costuma ser somente a isenção da taxa condominial. Ele também se beneficia com sua boa administração tanto quanto os outros já que possui seu próprio patrimônio envolvido”, ressalta José Roberto. “No entanto, ele precisa dispor de tempo e o seu maior desafio é isolar seus próprios interesses dos da maioria da coletividade, que podem muitas vezes ser diferentes”, diz o presidente.
Segundo o executivo, além das responsabilidades previstas no Código Civil, o síndico deve cumprir com a legislação municipal, estadual e com outras tarefas. Ética, bom senso e estar atualizado em relação à inclusão, transformações digitais e sustentabilidade, que são também pontos de atenção. Por essa razão, a AABIC reconhece a importância desse cargo e busca promover a valorização e o aprimoramento dos síndicos em todo o Brasil.
A entidade promove diversos cursos e eventos voltados para a capacitação desses síndicos e administradores, com o objetivo de fomentar a profissionalização dessa atividade e contribuir para a melhoria da gestão condominial.