O Centro Universitário IBMR, em parceria com Instituto Qualivida (IQV) e patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ) está executando o Amargen, que fará reformas e ampliações de casas em comunidades carentes de Nova Iguaçu, cidade da região metropolitana do Rio.
A ação envolve alunos e professores de arquitetura e urbanismo da faculdade carioca, a prefeitura municipal, além de outros voluntários e a associação de moradores local. O objetivo central é contribuir no processo de levantamento e diagnóstico das necessidades das famílias contempladas, bem como na elaboração dos projetos arquitetônicos para as habitações.
De acordo com a arquiteta e professora responsável pelo projeto, Aline Rodrigues, o voluntariado de alunos e docentes é uma forma de envolver a comunidade acadêmica no projeto e incentivar a prática da assistência técnica em habitação de interesse social. “Essa integração entre universidade e comunidade é essencial para buscar o desenvolvimento de projetos que estejam adequados às necessidades específicas de cada família, considerando aspectos técnicos e estéticos. Além disso, a proposta tem um forte foco na sustentabilidade com redução do impacto ambiental, buscando utilizar materiais e técnicas construtivas que sejam mais adequadas em termos de uso de recursos e geração de resíduos. O objetivo principal é contribuir com a comunidade fornecendo soluções de arquitetura que melhorem a qualidade de vida dos moradores, promovendo condições salubres e dignas para as famílias”, afirma.
A implementação do projeto inclui também a elaboração e a realização de atividades de capacitação e conscientização das famílias beneficiadas sobre a importância da manutenção e preservação das melhorias habitacionais realizadas. “Espera-se melhorar a qualidade de vida dos moradores, proporcionando conforto, segurança e bem-estar em seus lares”, conta a docente.
De acordo com a organizadora, o Amargen, também pode ser utilizado como referência para outras iniciativas de ATHIS em diferentes regiões do país, pois sua metodologia e abordagem participativa podem ser adaptadas a diferentes contextos e realidades locais. “Por ser baseado em uma abordagem participativa, as soluções propostas são adaptadas às necessidades específicas de cada família atribuindo aos projetos uma visão de futuro e estímulo ao cuidado e sentimento de pertencimento. Além disso, a parceria com a prefeitura assegura a integração com outras políticas públicas, como a regularização fundiária e as obras de infraestrutura urbana”, avalia.
Para os estudantes, a participação no projeto proporciona experiência prática e enriquecedora, possibilitando a aplicação dos conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula e a vivência em uma realidade social e urbana distinta daquela vivenciada no ambiente acadêmico. Dessa forma, o projeto contribui para a formação profissional dos estudantes, preparando-os para atuarem de forma mais consciente e responsável na sociedade em que estão inseridos. Já para os beneficiados, essa é uma oportunidade de transformação de suas condições de moradia, proporcionando um ambiente mais digno e saudável para a convivência familiar, além de fortalecer a permanência das famílias no território, mantendo seus vínculos sociais e econômicos. “Essa experiência prática proporciona aos estudantes um aprendizado significativo e uma oportunidade única de contribuir com a sociedade por meio do exercício da arquitetura social”, afirma Aline.
A conclusão da primeira etapa do projeto AMARGEN, que é o levantamento das moradias e necessidades das famílias, está prevista para este mês, e a finalização do projeto estimada para setembro deste ano.