A Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulgou na última quinta-feira, 01, a nova edição do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção. A pesquisa de opinião realizada com as lideranças do setor indica que as empresas associadas estão mais otimistas, mas seguem cautelosas em relação aos resultados de maio. Para 42% dos associados da associação o mês apresentará resultado regular e 38% apontam o período como bom. A pesquisa na íntegra pode ser acessada pelo link.
Para junho, a expectativa é que haja uma melhoria na percepção do desempenho com 54% dos entrevistados estimando resultado bom e 29% desempenho regular. A pesquisa também apresenta os dados consolidados de abril de 2023, indicando que o mês foi de resultado negativo no setor. Para 42%, o quarto mês do ano trouxe resultados ruins, para 29% resultado regular e para 13% muito ruim.
O Termômetro da Abramat também traz informações sobre o nível de utilização da capacidade instalada da indústria de materiais. Em maio, a utilização da capacidade industrial foi de 70% na média das empresas associadas, 1 ponto percentual abaixo em relação a abril de 2023, e 5 pontos percentuais a menos do que em maio de 2022.
As pretensões de investimento em abril de 2023 apresentam queda, com redução de 5 pontos percentuais em relação ao mês anterior, refletindo a incerteza em relação à retomada dos investimentos projetados para este ano, com 63% das indústrias de materiais indicando que devem investir nos próximos 12 meses, seja para aumento da capacidade produtiva, seja na modernização dos meios de produção. Em maio do ano passado este indicador era de 70%.
“A pesquisa mostra que o setor da indústria de materiais de construção continua cauteloso com os rumos econômicos do país. Um fator que contribuiu para uma melhoria da percepção setorial está ligado à definição do novo arcabouço fiscal, mas de todo modo a taxa de juros elevada (Selic em 13,75%) e a expectativa em torno de avanços concretos de reformas estruturantes, como a tributária, faz com que nossos associados sigam precavidos”, explica Rodrigo Navarro, presidente da Abramat.