Janeiro é o mês de colocar tirar os projetos de vida do papel – e não seria diferente na gestão condominial. E que tal apostar em inovação?
De acordo com o Mapa de Construtechs e Proptechs do Brasil 2022, realizado pela Terracotta Ventures, principal empresa de venture capital na América Latina focada em investir em negócio digitais na indústria da construção e mercado imobiliário, existem 955 startup ativa no país atuando ao longo de todo o ciclo de projetos, construção, aquisição e propriedades de uso.
Para isso, pedimos para alguns especialistas da área indicarem condotechs que vale a pena ficar de olho em 2023. Dentre as citadas estão startups que podem resolver dores relacionadas à segurança, mobilidade, sustentabilidade e finanças. Vale a pena conferir.
1- Huaseful
João Braga, CEO e fundador da Booming, empresa que atua no ramo de investimentos, desenvolvimento de startups e inovação em grandes corporações, acredita que startups que vão facilitar o mercado imobiliário estarão em evidência.
Uma delas é a Hauseful, que desenvolve serviços para o mercado imobiliário em um modelo de “uberização da mão de obra”, selecionando prestadores que realizam serviços em imóveis, como vistorias, fotografias profissionais, levantamento de dados cadastrais e visitas acompanhadas para locação ou vendas. O CEO que tem mais de 10 anos de atuação no mercado de desenvolvimento e investimento em startups e que faz parte do conselho e sociedade de algumas empresas como: Investe Favela, Toti, Finsharp, Dash e o Grupo Lu, diz que o modelo de monetização dessa startup é baseado em fee sobre demandas geradas para o prestador e para contratantes corporativos e como a Loft e Quinto Andar, são vendidas assinaturas semestrais ou anuais personalizadas de acordo com limite de serviços. “O foco no mercado B2B proporcionou uma escala rápida, crescendo 10 vezes em 2020. Realizaram uma rodada de captação em maio deste ano, com a promessa de se consolidarem ainda mais nas 50 cidades que já atuam, mas também possuem plano de expansão para América Latina”, explica.
2- Vivalisto
A segunda condotech indicada pelo CEO Booming, João Braga, promete facilitar a vida do corretor de imóveis, fazendo com que ele foque no que realmente interessa: o cliente. “A Vivalisto oferece um software baseado em inteligência artificial que resolve toda a parte burocrática do processo de locação e venda de imóveis como, documentação, análise de perfil, crédito imobiliário, contrato e escritura e registro de imóveis”, enumera João.
“Um diferencial que enxergamos, é que a Vivalisto não exclui o corretor da negociação. Além disso, oferecem também uma wallet própria, onde o corretor pode fazer o recebimento e gerenciamento de comissões e tem acesso à serviços financeiros como: adiantamentos de comissões e garantias locatícias”, explica. E completa: “Recentemente também adquiriram a Flity como parte de um plano de se tornar um one stop shop do mercado imobiliário”.
3- Housi
Maicon Guedes, CEO da Informma Síndicos, Mestre em Direito e professor na área condominial, acredita que comodidade e segurança são temas que estarão em destaque para o próximo ano. Por isso aposta na Housi, plataforma de serviços e moradia por assinatura que dá liberdade para morar onde e quando quiser.
4- Market 4u
A Market 4u, empresa de mercados autônomos para condomínios, que leva comodidade e segurança para compras dentro do Condomínio, é outra startup que merece atenção no próximo ano, segundo Maicon.
5 – Wali
Bruno Queiroz, Gerente de Operações e Negócio da CIPA, aposta na startup porque ela traz “uma proposta de soluções em mobilidade o time da Wali tem um conceito que me agrada bastante, pelo jeito moderno de viabilizar compartilhamento de recursos. Eles se propõem a oferecer dentro do condomínio a possibilidade de carros, motos, patinetes que podem ser locados por hora por qualquer morador. Através do aplicativo o usuário destrava por exemplo a porta do carro, utiliza para ir buscar as crianças no colégio ou simplesmente para ir ao mercado. Locação por hora é uma novidade no mercado é um empreendimento que disponibiliza essa experiência para os condôminos e agrega muito valor ao condomínio no que tange a prestação de serviços. Acredito que soluções de uso por conveniência no modelo pay per use e compartilhamento serão um sucesso nos próximos anos”, diz.
6- Minha Coleta
Para Bruno, a dor que ela resolve é importante para o ambiente condominial e para o meio ambiente. “Minha Coleta criou uma solução que viabiliza de forma fácil e prática a segregação de resíduos dentro de um empreendimento, desmistificando toda complexidade do tratamento de recicláveis. Com uma solução ponta a ponta desde a separação dentro da estrutura do condomínio até a distribuição e correta destinação do resíduo até as cooperativas de processamento e transformação do material. Os investidores devem sim ficar de olho nesse tipo de solução que envolve soluções inteligentes para o dia a dia e com uma mega pegada sustentável”, diz o gerente de operações e negócio.
7- Gabriel
Falta de segurança, tema bastante sensível para quem vive em grandes metrópoles. A startup Gabriel, tem soluções que podem minimizar a sensação de insegurança de moradores de condomínios. “A Gabriel tem um mix de tech com suas câmeras super potentes e compartilhamento de informações entre usuários e a proposta da câmara sugere uma visão de cobertura de perímetro, visto que boa parte dos crimes ocorrem nas imediações do condomínio e não exatamente dentro do mesmo”, diz Bruno Queiroz. “Importante ressaltar que a Gabriel já tem sido uma ferramenta usada pela polícia para investigações de crimes e estratégia de combate como, por exemplo,posicionar viaturas em ruas e locais com maior índice de crimes”. E completa: “Soluções de segurança com alta capacidade de escala pela própria demanda do setor fazem da Gabriel uma startup que deve ser acompanhada de perto por quem deseja investir em condotechs”.
8- Recupera Condomínio
Quando o assunto é finanças, três startups são lembradas por quem está por dentro do ecossistema. ”O setor está fervendo com cada vez mais soluções de inovação. Particularmente a área financeira ganha destaque nesse mercado que movimenta bilhões e é deixado de lado pelos grandes bancos”, diz Ricardo Maciel de Castro, CEO da Engelink, plataforma que oferece os melhores produtos e fornecedores especializados em condomínios. A Recupera Condomínio, oferece para condomínios soluções de garantia de inadimplência e recuperação de créditos de concessionárias e para fornecedores o inovador produto de antecipação de recebíveis possibilitando o parcelamento dos seus serviços, da maneira que os síndicos precisam sem afetar o fluxo de caixa do condomínio.
9- Condoconta
A Condoconta, banco para condomínios também é uma das apostas entre as fintechs. “Eles tem uma solução interessante para oferecer aos condomínios soluções bancárias que os bancos tradicionais deixam de lado”, diz o CEO da Engelink.
10- Condolivre
“Outra fintech do setor que pluga em administradoras para oferecer produtos financeiros no mercado condominial é a Condolivre. Estão oferecendo uma boa solução de crédito consignado para funcionários de condomínios”, explica o CEO da Engelink.