A valorização arquitetônica, focada em um bom projeto de iluminação e de paisagismo podem valorizar o imóvel.
As construções são os principais símbolos da urbanização, modernização e do crescimento das cidades. Nas grandes metrópoles, por exemplo, há escassez de bons terrenos e restritas leis de proteção de patrimônio. Por isso, revitalizar seus edifícios é, então, seguir a evolução do meio urbano, o que acelera o processo de (re)construção dos edifícios, mantendo a estrutura existente.
Reformar o interior e exterior das casas e apartamentos se tornou uma prática considerada corriqueira em nossa sociedade. Afinal, é natural que com o tempo, surja a vontade – e a necessidade – de mudar a estética dos ambientes.
Muitos dos edifícios antigos, segundo a engenheira Valesca Araújo, já estão obsoletos em relação às atuais normas de construção. “É fundamental que as administradoras busquem por serviços de profissionais habilitados – engenheiros e arquitetos – registrados no sistema CREA para a regularização dos serviços. Estes conseguirão aplicar a metodologia mais adequada, obedecendo as normativas para a segurança das edificações e dos trabalhadores (NR’s e NBR’s)”. Um exemplo é a norma NBR 15.575 – Norma de Desempenho de Edificações Habitacionais – que entrou em vigor em 2013, isso ocorreu para que as empresas construtoras garantissem a qualidade na produção e habitualidade do empreendimento.
Construções obsoletas que tendem a gerar manutenções de alto custo passa por um processo de modernização, onde se aplicam novos sistemas de automação, munidos de tecnologias inteligentes e sustentáveis, instalações prediais novas (como hidráulica, esgoto e elétrica), espaços que facilitam a mobilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais, novos elevadores, elevação do piso, e muito mais.
Vantagens da manutenção predial
- Prevenção de riscos e prejuízos – Administradores prediais que realizam manutenção e limpeza de fachadas periodicamente conseguem se antecipar e identificar alterações e/ou imperfeições, diminuindo o custo da reparação.
- Valorização da edificação e das suas unidades – Um dos principais aspectos que valorizam um imóvel é a sua beleza aparente. Eleva os preços de aluguéis, assim como os de venda. A percepção do locatário com relação a limpeza e conservação no ato da visita, contribui para o fechamento quando uma fachada é bonita e higienizada.
Ou seja, não basta limpar, é preciso observar e relatar anomalias, que seriam impossíveis de detectar à distância.
- Vidros;
- Pastilhas;
- Chapas metálicas (ACM);
- Alvenaria, mármore e granitos;
- Letreiros;
- Pós-obra;
- Lonas;
- Estruturas metálicas;
- Telhados e calhas;
- Totens;
Revitalizar também é valorizar
Habituada a lidar com este tipo de situação, a arquiteta Evelyn Martins, do escritório NÓZ Arquitetura, evidencia que, para além de evitar que os prédios se tornem ambientes defasados, a revitalização das fachadas ainda contribui para a valorização destes imóveis. “É um cartão de visita para quem chega em um prédio, a fachada torna-se responsável pela primeira impressão. É ela que vai evidenciar o modelo, o estado de conservação, e a manutenção do imóvel. Tudo isso agrega para a valorização das unidades e do edifício em si”, avalia.
A profissional completa que, a reforma de fachadas exige muito cuidado e estudo, já que revitalizar significa respeitar a arquitetura já existente, sem se impor a ela. “Existem uma gama de opções para re(construir) sem alterar a arquitetura original. A mudança dos remates, por exemplo, pode ser uma boa opção para dar esta repaginada, acompanhada da reforma do gradil. Outro fator fundamental é trabalhar a iluminação. Além de valorizar o prédio, ela torna o ambiente mais seguro para os moradores e visitantes. O paisagismo também é um ponto que deve ser explorado e valorizado. Tudo isso seguindo a linguagem existente e valorizando os pontos positivos das construções”,conclui.
Periodicidade das reformas da fachada
Se tratando da periodicidade das reformas de fachadas, a arquiteta Evelyn ressalta não haver uma regra. “É preciso que as administradoras estejam atentas aos acabamentos existentes, banque estes indicarão quando existir algum problema – como pastilha soltando ou pintura precisando ser refeita – ou quando os proprietários sentirem a necessidade de modernizar e revitalizar o prédio. Não existe um período pré-determinado. Isso vai depender muito da estética ou estado de conservação da edificação”, finaliza.
Entendo que alguns cuidados devem ser adotados, a engenheira civil, Valesca, afirma que antes da revitalização é importante fazer o planejamento das atividades executadas, para estabelecer o período da obra, bem como identificar as medidas de segurança para os trabalhadores, moradores e quantificar os insumos que serão necessários. “Para evitar desgastes uma periodicidade mínima a cada cinco anos garante o bom estado geral do elemento das fachadas e a isenção de patologias construtivas” conclui.