O mês de junho chegou e junto dele a campanha ‘Junho Laranja’, que visa alertar sobre os cuidados necessários para evitar acidentes com fogo e outros agentes que causam ferimentos. A campanha tem como foco neste ano ampliar a discussão sobre os cuidados a serem tomados em situações rotineiras, como cozinhar, acender churrasqueira, usar álcool em casa e passar roupas.
E os incêndios em prédios? Além dessas ocasiões em que uma pessoa pode se ferir, também existem as tragédias, em que diversas pessoas de uma construção podem sair feridas ou, até mesmo, falecer. Pensando nisso, a Condo.News conversou com especialistas para ouvir o que de melhor pode ser feito por um condomínio para reduzir as chances e os impactos de um incêndio.
O síndico profissional há 44 anos, Alzemiro Borges Filho, falou um pouco sobre algumas táticas e regras utilizadas para reduzir a possibilidade de acontecer um incêndio e aumentar a capacidade de enfrentá-lo. Confira a lista:
- Alarmes: com a função clara de alertar os moradores sobre a situação emergencial;
- Sprinklers: este é aquele dispositivo discreto que funciona como um chuveiro quando o sensor é acionado;
- Extintores CO2, mangueiras e hidrantes: itens padrões no combate às chamas;
- Portas corta-fogo: este equipamento pode impedir ou ao menos retardar o alastramento do fogo pelo prédio. Além disso, reduz substancialmente propagação de fumaça, fazendo com que seja considerado uma rota de fuga viável para os moradores;
- Sinalizações de rotas de fuga: adereços na parede, que funcionariam em conjunto com o item anterior;
De acordo com Alzemiro, as instalações elétricas são as grandes vilãs dos incêndios em condomínios, que normalmente são causados por curtos-circuitos. Em caso de dúvidas, procure o síndico do seu condomínio. Vale lembrar que essas medidas não representam grandes impactos financeiros na gestão condominial.
A informação do especialista é endossada pelo Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo – Ibape/SP, que reforça que as chamas. em sua maioria, são causadas por curtos-circuitos nestas instalações, muitas vezes com origem no uso indevido e sobrecargas.
O órgão também diz que como todo sistema construtivo, há sinais dessas falhas e da perda de funcionalidade e segurança, o que pode ser constatado na inspeção predial em caráter preventivo. O instituto reforça que o combate aos incêndios deve ter sua responsabilidade dividida.
Mas como isso funcionaria?
Através de uma brigada de incêndio com um coordenador-geral da briga, um chefe de edificação e um brigadista. Mas quais seriam as atribuições de cada um? Confira no esquema abaixo:
O brigadista tem a função de aplicar ações de prevenção e ações emergenciais caso o pior ocorra. Que ações são essas?
Ações de Prevenção: conhecer o plano de emergência; avaliar e identificar possíveis riscos; fazer a inspeção dos equipamentos e rotas de fuga; participar de exercícios simuladores; orientar os ocupantes da edificação e fazer relatório de irregularidades existentes.
Ações de emergência: Aplicar os procedimentos básicos estabelecidos no plano de emergência; combate ao princípio de incêndio; aplicar a evacuação da edificação; atendimento inicial às vítimas e acionar o Corpo de Bombeiros (193).