Gerenciar equipes é uma ocupação complexa. Coordenar todas as demandas e processos do trabalho que precisa ser feito, lidar com as especificidades de cada área subordinada e considerar os potenciais e as competências dos profissionais liderados são alguns dos desafios que a gestão encontra. E, nesse processo tão importante, as mulheres têm ganhado destaque.
No setor condominial, que inclui áreas como engenharia, arquitetura, administração, limpeza e outras, a gestão de pessoas inclui profissionais de diversos ramos e níveis.
A competência técnica e a empatia que mulheres apresentam em suas áreas de atuação facilitam o trabalho de gestão de forma geral, e é um dos diferenciais competitivos apontados por Karen Sugimoto, consultora comercial na empresa CashMe. Na companhia, ela atua com o produto CashMe Condo, uma linha de crédito para os condomínios viabilizarem projetos de energia solar e outras naturezas.
Ao falar dos diferenciais competitivos que as mulheres oferecem, Karen aponta características como sensibilidade, afetividade e versatilidade e ressalta: “até pouco tempo eram consideradas fraquezas; hoje, passaram a somar e são consideradas essenciais no processo produtivo das empresas”.
E a percepção dela tem coro. No mercado condominial, por exemplo, o cargo de síndico(a) vem sendo cada vez mais exercido por mulheres. A ocupação é um dos principais exemplos de profissões ligadas à liderança de equipes e ao relacionamento com pessoas.
A presença feminina no mercado condominial
O mercado condominial vem demonstrando plena expansão nos últimos anos. Mesmo após a crise causada pela pandemia de Covid-19, o setor imobiliário de modo geral tem se fortalecido e desenvolvido.
À frente de inúmeros cargos, projetos e empresas, estão mulheres que encontraram no ramo uma área de atuação profissional satisfatória e em pleno crescimento. Na gestão de pessoas e de equipes, elas atuam de inúmeras formas:
- como síndicas de condomínios residenciais;
- como membros de conselhos em condomínios residenciais e comerciais; e
- como gestoras de empresas e equipes dos mais diversos ramos, como gestão condominial, arquitetura e engenharia, direito condominial, manutenção predial, limpeza, serviços gerais, segurança, entre outras.
Karen faz parte das mulheres que escolheram trabalhar na área e gerencia uma equipe de parceiros, ficando responsável por viabilizar o crédito para que condomínios tenham verba para seus projetos. Sobre sua atuação na equipe, conta: “Fico em contato diariamente e diretamente com os meus parceiros e com os clientes para dar todo o suporte, desde a simulação até a finalização do contrato”.
O contexto da liderança feminina no Brasil
Embora a gestão feminina apresente números crescentes, dados apontam como ainda é necessário valorizar e fomentar a participação feminina no mercado.
Segundo um levantamento realizado pela Bain & Company em parceria com o LinkedIn, entre as 250 maiores empresas do Brasil, somente 3% apresentam mulheres no cargo de CEO. O quadro executivo com participação feminina, por sua vez, ocorre em menos de 20% das corporações.
Em mercados mais modernos e inovadores, como o das startups, nos quais o cenário poderia ser mais equilibrado, as mulheres lideram apenas 12,6% das empresas. Os dados são da ABStartups, levantados em 2021. Ainda, os segmentos em que elas lideram com mais frequência são saúde e educação — distantes de áreas comumente ocupadas por homens, como a engenharia e a tecnologia.
Participação e liderança femininas são essenciais para o futuro
Os impactos da liderança feminina é notório na estrutura das empresas. O primeiro ponto é o fomento à diversidade de gêneros nos quadros de funcionários das empresas.
Quando mulheres chegam a cargos de gerência e executivos, é comum que sejam desenvolvidos programas de igualdade e estímulo à participação feminina no mercado.
Além disso, a própria presença delas atuando nas áreas e nos cargos que escolheram representa um exemplo para outras profissionais que desejam aquele caminho de carreira.
Por fim, a presença feminina é frequentemente pautada pela coparticipação, pela troca com os colaboradores e por uma gestão mais democrática. Com isso, o destaque é que a entrada e a permanência das mulheres no mercado de trabalho evidencia uma quebra no modelo tradicional de gestão, comumente mais ríspido e autoritário.