Mesmo que ainda seja um cargo tipicamente masculino, esse cenário está em transformação. Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Síndicos e Síndicos Profissionais (ABRASSP) com 421 mil gestores de condomínios, 51% são síndicas e 49% são homens. Isso porque as mulheres descobriram esse nicho de mercado e estão abraçando a profissão, como é o caso de Edilma Oliveira, 50 anos, síndica profissional e CEO do Síndicas Sergipe Brasil, uma plataforma de serviços condominial, cujo lema é: “Vista-se de si e brilhe. Junte-se a nós e voe”. Criada em 2020, a iniciativa tem como objetivo levar informações claras e transparentes para as gestoras condominiais.
Antes gerente de loja, Edilma começou como sua jornada na sindicatura como síndica orgânica – definição dada a moradores que ocupam a função de síndico. “Atuei como síndica orgânica por 10 anos. Comecei como subsíndica e daí cresceu a vontade de fazer o melhor e valorizar nosso empreendimento”, explica.
Até pouco tempo, e ainda é assim em condomínios menores, apenas aposentados e donas de casa exerciam essa tarefa. Mas, com o crescimento dos grandes aglomerados imobiliários, que transformou prédios em complexos residenciais, com uma infraestrutura repleta de comodidades como áreas de lazer, coworking, academia, hortas urbanas, entre outras facilidades, foi se tornando cada vez mais necessário à profissionalização do síndico, para a implementação de uma gestão mais eficaz e que atenda a necessidade de todos.
Profissão: Síndica
Segundo Edilma, aquelas que desejam investir e se tornar uma profissional da área, precisam gostar de lidar com o público e estar sempre se atualizando, pois com os avanços tecnológicos, os condomínios se tornam cada vez mais high tech . “A dica que deixo aqui é estudar, sempre se atualizar, fazer cursos e se doar. Todos os colaboradores necessitam desenvolver competências de forma contínua ou em determinadas fases de sua vida profissional, e para isto o condomínio deve contribuir oferecendo capacitação seja para colaboradores, líderes ou gerentes, sempre visando um conhecimento contínuo e alinhado às visões da empresa” orienta Edilma. E completa: “gerir pessoas com eficiência é um dom e uma arte para poucos. Se tornar uma síndica profissional exige dedicação, gostar da área condominial, ser comunicativa, saber ouvir o outro e fazer uma gestão humanizada e conclui: “Não há humanização se não nos doarmos inteiramente para um único objetivo”.
Quando perguntada se há diferença entre a gestão condominial realizada por homens e mulheres, e qual o diferencial competitivo que uma mulher traz para a profissão, a CEO do Síndicas Sergipe Brasil diz: A gestão feminina tem um olhar mais humanizado e especial para com o outro, e com isso consegue uma melhor comunicação com a sua equipe, com os condôminos e assim mantém uma gestão mais transparente”, afirma.